Exmos. srs,
Ao assistir, na noite de ontem, naquilo a que se pode chamar um acto de masoquismo, ao programa "Dia Seguinte", da Sic Notícias, observei uma completa inversão dos critérios editoriais que, ao longo destes anos, pautaram o dito programa. Como se sabe, o Dia Seguinte é um programa onde dois comentadores, um afecto ao Futebol Clube do Porto e outro ao Sporting Clube de Portugal, tentam discutir, sem o conseguirem, futebol com um vice-presidente do Benfica, enquanto este é constantemente bajulado pelo moderador do dito programa. É também, perfeitamente sabido que, no Dia Seguinte, o Sport Lisboa e Benfica tem toda a prioridade. Para além de ter no painel de comentadores um vice-presidente do clube, o programa já foi invadido pelo presidente dessa mesma instituição, entre outros episódios.
Consciente de toda esta informação, aguardava eu com relativa expectativa, o comentário às inenarráveis figuras protagonizadas pelo indivíduo que se diz inventor de uma ciência, Jorge Jesus, que, como se deverão recordar, agrediu repetidas vezes e à vista de todos, sem túneis nem câmaras viradas para o lado à mistura, um agente da autoridade que tentava imobilizar um adepto do Benfica que tinha invadido, ilegalmente, o relvado. Mas não foi nada disso que sucedeu. De facto, numa radical, e permitam-me a ousadia, pontual, alteração dos critérios editoriais que pautam o programa, o Dia Seguinte de ontem foi, quase na totalidade, dedicado ao Futebol Clube do Porto e, mais propriamente a uma pretensa agressão a um adepto do Benfica e, possivelmente, já lá irei, militante do PNR, disfarçado de presidente da Associação de Futebol de Lisboa, Nuno Lobo, perpetrada pelo vice-presidente do Futebol Clube do Porto, Adelino Caldeira, agressão essa já desmentida por testemunhas presentes no local, entre elas o próprio presidente da SAD do Estoril.
Qualquer pessoa minimanente informada, já entendeu que esta dita violenta e bárbara agressão, foi tão grave como a que Rui Gomes da Silva sofreu no Porto. Não deixou marcas, ninguém viu nada, embora houvesse dezenas de indivíduos nas proximidades e, até ver, não houve qualquer queixa na polícia. Todavia, o Dia Seguinte, optou por dar máximo destaque a esta situação, entrevistando Nuno Lobo, em directo, dando crédito a alguém que nem sequer foi capaz de dizer se foi agredido com um soco uma palmada, e perdendo-se em análises sobre, absoluta e indubitavelmente, nada. Na entrevista, curiosamente, não se notava qualquer marca vísivel da suposta brutal agressão. Nuno Lobo, mais conhecido pelo seu benfiquismo, pelas mensagens de teor racista para com atletas de clubes adversários e de desrespeito para com instituições afiliadas da associação a que preside, resolveu inventar uma suposta agressão, para desviar as atenções, quer das agressões, essas sim, reais e vistas por toda a gente, de Jorge Jesus, quer das tristes arbitragens do fim-de-semana. Recorde-se que Nuno Lobo afirmou não se ter levantado aquando do golo do Estoril, tendo sido nessa altura que terá levado a dita palmada, que o projectou de encontro ao muro de protecção do camarote. Resumindo, uma pessoa como Adelino Caldeira, terá tido força para, com uma palmada nas costas, projectar um indivíduo que estava sentado de encontro a um muro.
Em conclusão, o Dia Seguinte, seguiu a vontade do clube que tem um vice-presidente a participar no programa e usou uma mentira para esconder os factos que ocorreram em Guimarães e, que de facto interessava debater. Muhammad Saeed al-Sahhaf, o famoso ex-ministro da propaganda de Saddam Hussein, deve sentir-se orgulhoso, esteja onde estiver.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
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terça-feira, 24 de setembro de 2013
segunda-feira, 11 de março de 2013
A (inconveniente) Verdade Desportiva
Exmos Senhores,
ontem à noite, no programa Tempo Extra da Sic Notícias, Rui Santos desperdiçou mais de metade do dito espaço televisivo, a elogiar o treinador do Benfica, Jorge Jesus. Rui Santos elevou Jesus a um nível de semi-Deus, exacerbando as suas virtudes e repetindo incessantemente as inúmeras debilidades do plantel benfiquista e a forma brilhante como Jesus o tem gerido. Faltou apenas um elogio à aplicação de botox que Jesus efectuou na sua cara. Concedo, contudo, que após uma vitória por 5-0, tal abjecta bajulação num canal dito imparcial me seria quase indiferente, dada a normalidade com que ocorre, não fosse a conhecida apetência de Rui Santos para a polémica, o escândalo e a suspeita, e os factos que levaram a que o Benfica vencesse tranquilamente por 5-0.
Num jogo em que o guarda-redes do Gil Vicente oferece os dois primeiros golos ao Benfica com dois monumentais galos de Barcelos, que fazem a águia Vitória parecer um periquito, e que levaram à sua substituição ao intervalo, Rui Santos, sempre pronto a encontrar podres em quase todo o lado, ignorou. Esqueceu-se também de mencionar que no plantel do Gil Vicente há dois atletas ex-Benfica que se transferiram sem custos para o clube de Barcelos, Luís Martins a título definitivo e Hugo Vieira, por empréstimo e que Luís Martins foi incapaz de abordar um lance convenientemente. Todavia, Rui Santos, sempre tão afoito em arranjar polémicas, fez tábua rasa disto tudo e preocupou-se apenas em enaltecer as qualidades de Jorge Jesus e a força do Benfica. Pior ainda, teve a desfaçatez de, posteriormente, criticar os empréstimos a clubes do mesmo escalão, por Wilson Eduardo ter marcado ao Sporting. Aí já é criticável. No caso de Hugo Vieira não.
Porque não terá Rui Santos referido estas situações? Não quis? Teve ordens para não o fazer? Com que moral pode Rui Santos pedir que lhe enviem e-mails sobre atropelos à verdade desportiva e nem sequer referir estas situações? Mais, onde anda o Rui Santos que afirmou claramente que houve atletas do Leixões a facilitar a vida ao Porto num jogo, propositadamente, que levou a que os atletas Beto, Hugo Morais e Laranjeiro avançassem com uma queixa crime contra ele, por difamação?
Parece que, às vezes, a verdade desportiva é bastante inconveniente...
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
ontem à noite, no programa Tempo Extra da Sic Notícias, Rui Santos desperdiçou mais de metade do dito espaço televisivo, a elogiar o treinador do Benfica, Jorge Jesus. Rui Santos elevou Jesus a um nível de semi-Deus, exacerbando as suas virtudes e repetindo incessantemente as inúmeras debilidades do plantel benfiquista e a forma brilhante como Jesus o tem gerido. Faltou apenas um elogio à aplicação de botox que Jesus efectuou na sua cara. Concedo, contudo, que após uma vitória por 5-0, tal abjecta bajulação num canal dito imparcial me seria quase indiferente, dada a normalidade com que ocorre, não fosse a conhecida apetência de Rui Santos para a polémica, o escândalo e a suspeita, e os factos que levaram a que o Benfica vencesse tranquilamente por 5-0.
Num jogo em que o guarda-redes do Gil Vicente oferece os dois primeiros golos ao Benfica com dois monumentais galos de Barcelos, que fazem a águia Vitória parecer um periquito, e que levaram à sua substituição ao intervalo, Rui Santos, sempre pronto a encontrar podres em quase todo o lado, ignorou. Esqueceu-se também de mencionar que no plantel do Gil Vicente há dois atletas ex-Benfica que se transferiram sem custos para o clube de Barcelos, Luís Martins a título definitivo e Hugo Vieira, por empréstimo e que Luís Martins foi incapaz de abordar um lance convenientemente. Todavia, Rui Santos, sempre tão afoito em arranjar polémicas, fez tábua rasa disto tudo e preocupou-se apenas em enaltecer as qualidades de Jorge Jesus e a força do Benfica. Pior ainda, teve a desfaçatez de, posteriormente, criticar os empréstimos a clubes do mesmo escalão, por Wilson Eduardo ter marcado ao Sporting. Aí já é criticável. No caso de Hugo Vieira não.
Porque não terá Rui Santos referido estas situações? Não quis? Teve ordens para não o fazer? Com que moral pode Rui Santos pedir que lhe enviem e-mails sobre atropelos à verdade desportiva e nem sequer referir estas situações? Mais, onde anda o Rui Santos que afirmou claramente que houve atletas do Leixões a facilitar a vida ao Porto num jogo, propositadamente, que levou a que os atletas Beto, Hugo Morais e Laranjeiro avançassem com uma queixa crime contra ele, por difamação?
Parece que, às vezes, a verdade desportiva é bastante inconveniente...
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Boa tarde,
Sendo um fervoroso adepto do Futebol Clube do Porto, instalei-me ontem, por volta das 20 horas, em frente à televisão, por forma a assistir ao jogo entre o meu clube e o Rapid Viena. Ainda que satisfeito com o resultado, e com a exibição do Porto, não posso deixar de demonstrar o meu desagrado pela forma como a transmissão deste jogo foi feita. Ainda que compreendendo os compromissos publicitários, fonte de receitas do canal, acho inadmissível que a ligação ao estádio seja feita 5 meros segundos antes do pontapé de saída e que os primeiros minutos de jogo sejam perdidos em saudações, apresentações e outras considerações, que não a narração daquilo que se está a passar em campo. É essencial não esquecer que nem toda a gente dispõe de Internet, ou outros meios de comunicação, que permitam tomar conhecimento da informação relevante sobre o jogo, como os onze titulares. Também importa referir que, dado o desconhecimento sobre a equipa austríaca que a maioria dos telespectadores possui, teria sido de bom tom fazer uma breve apresentação gráfica, com os onzes titulares, os suplentes, etc. O que sucedeu foi que esta informação foi dada oralmente, e de forma rápida, uma vez que o jogo já se havia iniciado, reduzindo o nome dos jogadores austríacos a uma amálgama de sons imperceptíveis.
Para além disto, o narrador, sr. José Augusto Marques, talvez confundindo o vermelho do Rapid Viena com o vermelho do Benfica, repetiu incessantemente o nome de Gaitán, conseguindo fazer com que o extremo benfiquista fizesse um lançamento no lugar de Jorge Fucile, fosse um defesa austríaco e marcasse um golo, não pagando os direitos de autor, na posse de Falcao. Por momentos pensei que o jogo se disputava no estádio da Luz, o que, de facto, não aconteceu. É evidente que, tendo em conta o que se tem passado, o jogador Gaitán, não se importasse nada de jogar no Futebol Clube do Porto, mas a verdade é que o jovem argentino é jogador do Benfica e encontra-se concentrado na luta pela permanência no principal escalão do futebol nacional.
Por fim, volto a um assunto já aflorado no primeiro parágrafo: a informação gráfica. Esta foi quase inexistente durante o jogo todo. Poucas ou nenhumas estatísticas foram mostradas, a constituição das equipas ficou esquecida numa qualquer gaveta e até a informação do canto superior esquerdo do ecrã, com tempo e resultado, foi retirada a meio do jogo, fazendo uma gloriosa reaparição aos... 90 minutos.
Peço que interpretem esta mensagem como uma crítica construtiva, no sentido de melhorar o serviço ao telespectador.
Com os melhores cumprimentos,
PS: Se fosse o clube onde actua Gaitán a jogar ontem, teríamos direito a resumo ao fim da noite, como acontecia na temporada transacta, ou teríamos uma dose de CSI na mesma?
Sendo um fervoroso adepto do Futebol Clube do Porto, instalei-me ontem, por volta das 20 horas, em frente à televisão, por forma a assistir ao jogo entre o meu clube e o Rapid Viena. Ainda que satisfeito com o resultado, e com a exibição do Porto, não posso deixar de demonstrar o meu desagrado pela forma como a transmissão deste jogo foi feita. Ainda que compreendendo os compromissos publicitários, fonte de receitas do canal, acho inadmissível que a ligação ao estádio seja feita 5 meros segundos antes do pontapé de saída e que os primeiros minutos de jogo sejam perdidos em saudações, apresentações e outras considerações, que não a narração daquilo que se está a passar em campo. É essencial não esquecer que nem toda a gente dispõe de Internet, ou outros meios de comunicação, que permitam tomar conhecimento da informação relevante sobre o jogo, como os onze titulares. Também importa referir que, dado o desconhecimento sobre a equipa austríaca que a maioria dos telespectadores possui, teria sido de bom tom fazer uma breve apresentação gráfica, com os onzes titulares, os suplentes, etc. O que sucedeu foi que esta informação foi dada oralmente, e de forma rápida, uma vez que o jogo já se havia iniciado, reduzindo o nome dos jogadores austríacos a uma amálgama de sons imperceptíveis.
Para além disto, o narrador, sr. José Augusto Marques, talvez confundindo o vermelho do Rapid Viena com o vermelho do Benfica, repetiu incessantemente o nome de Gaitán, conseguindo fazer com que o extremo benfiquista fizesse um lançamento no lugar de Jorge Fucile, fosse um defesa austríaco e marcasse um golo, não pagando os direitos de autor, na posse de Falcao. Por momentos pensei que o jogo se disputava no estádio da Luz, o que, de facto, não aconteceu. É evidente que, tendo em conta o que se tem passado, o jogador Gaitán, não se importasse nada de jogar no Futebol Clube do Porto, mas a verdade é que o jovem argentino é jogador do Benfica e encontra-se concentrado na luta pela permanência no principal escalão do futebol nacional.
Por fim, volto a um assunto já aflorado no primeiro parágrafo: a informação gráfica. Esta foi quase inexistente durante o jogo todo. Poucas ou nenhumas estatísticas foram mostradas, a constituição das equipas ficou esquecida numa qualquer gaveta e até a informação do canto superior esquerdo do ecrã, com tempo e resultado, foi retirada a meio do jogo, fazendo uma gloriosa reaparição aos... 90 minutos.
Peço que interpretem esta mensagem como uma crítica construtiva, no sentido de melhorar o serviço ao telespectador.
Com os melhores cumprimentos,
PS: Se fosse o clube onde actua Gaitán a jogar ontem, teríamos direito a resumo ao fim da noite, como acontecia na temporada transacta, ou teríamos uma dose de CSI na mesma?
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