quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Chamem a polícia


Boa noite,

ao aceder ao vosso site, na tarde de hoje, deparei-me com a notícia do link seguinte: http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=304068

A notícia não teria nada de especial, não fosse a foto utilizada, obviamente por mero acaso, de um carro da polícia à porta do Estádio do Dragão. A subtileza da utilização dessa foto, choca-me. A instituição Futebol Clube do Porto nada tem a ver com o assunto da notícia e a referência nessa foto ao melhor clube português fica mal, muito mal.

Obviamente, não é nada que admire vindo do jornal de onde vem. Vem do mesmo jornal que já vendeu o plantel do Futebol Clube do Porto três vezes nos últimos seis meses. Vem do mesmo jornal onde jornalistas travestidos de colunistas escrevem "notícias de opinião" profundamente facciosas e sempre a puxar para o mesmo lado. Vem do mesmo jornal, onde é possível publicar artigos de opinião onde se insultam as progenitoras de portistas, nortenhos e durienses. Vem do mesmo jornal que faz tábua rasa de uma decisão da Fifa, desinformando os seus leitores com o único objectivo de tapar os olhos às massas, tentando desesperadamente salvar a imagem de supremacia e grandiosidade de um poeirento e bolorento "Glorioso". Vem do mesmo jornal onde jornalistas, mais uma vez travestidos, mas desta vez de dirigentes desportivos, comparecem a reuniões de direcção de um clube.

Naturalmente, isto não passou de mais uma tentativa de descridibilizar e desestabilizar o Futebol Clube do Porto. Mais uma de muitas, até ver sem grande sucesso. Para a próxima, arranjem uns stewards. Dá mais resultado.

Até lá, eu continuarei a rir a bandeiras despregadas, com as simpáticas respostas com que o Futebol Clube do Porto vos presenteia no seu site. Mas deixo-vos um conselho: desistam. É uma Guerra perdida. E nós até temos sido Bonzinhos.

Votos de um feliz Natal em tons de azul e branco,

sábado, 13 de agosto de 2011

Boa tarde,

É com profunda surpresa que vos agradeço a resposta à minha mensagem. Confesso que já tinha desistido de receber respostas aos meus e-mails, quer do Record, quer de qualquer outro órgão de Comunicação Social, quer até do meu clube. É bom saber que as mensagens dos leitores são, de facto lidas.

No entanto, a resposta, (citada em baixo), que recebi não me satisfez.

Agradeço ao leitor o seu texto e o livre e correto exercício (salvo o último parágrafo, talvez...) do seu direito à discordância. E só não lhe dou uma resposta com a mesma dimensão porque a minha posição e a do Record são conhecidas e não mudam ao sabor de concordâncias e discordâncias: contamos a Taça Latina como título.

A FIFA tem outra "decisão oficial"? Ótimo, quando fizermos o ranking de títulos segundo a FIFA não deixaremos de respeitar essa decisão.

Mas quando elaborarmos o nosso ranking, fá-lo-emos segundo os nossos critérios. E sabe o leitor porquê? Porque não temos tutelas e não respondemos perante a FIFA, nem qualquer outra entidade. Respondemos apenas perante a lei e os leitores, e são eles, no apoio do trabalho que fazemos – e não do que alguns acham que devíamos fazer – que nos dão a liderança da imprensa desportiva em Portugal.

Quem não concordar connosco, sabe o que fazer: segue a concorrência, nomeadamente aquela que dá, aos adeptos ferrenhos de cada um dos dois clubes em causa, exatamente – e só – o que eles pretendem ler. Nessa política não entrará o Record.


Em primeiro lugar, a FIFA não tem outra decisão oficial. Tem a decisão oficial, e a única que é válida. Não há duas, nem três decisões oficiais, independentemente de quem as emanou: há uma, e é a da FIFA.

Depois, eu lamento, mas continuo a não entender como é que pode haver disparidade entre os rankings do Record e os das entidades máximas do futebol. A partir do momento em que o Record dá uma informação na capa que a FIFA demonstrou ser falsa, entra-se no domínio do absurdo. Entra-se num enorme mundo de possibilidades que vão desde a considerar que os títulos de campeão nacional só são oficiais a partir de 1990, até apresentar uma classificação do campeonato em que a vitória dá 4 pontos. E apresentar um campeão na capa que não corresponde ao vencedor oficial.

Logicamente, o Record pode fazer o que quiser neste aspecto. É um jornal privado. Mas eu não faria o que o Record fez, pois como vocês bem dizem, respondem perante os leitores.

Cumprimentos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Resposta do Record ao e-mail de 08/08/2011

Nota da QdoC

Agradeço ao leitor o seu texto e o livre e correto exercício (salvo o último parágrafo, talvez...) do seu direito à discordância. E só não lhe dou uma resposta com a mesma dimensão porque a minha posição e a do Record são conhecidas e não mudam ao sabor de concordâncias e discordâncias: contamos a Taça Latina como título.

A FIFA tem outra "decisão oficial"? Ótimo, quando fizermos o ranking de títulos segundo a FIFA não deixaremos de respeitar essa decisão.

Mas quando elaborarmos o nosso ranking, fá-lo-emos segundo os nossos critérios. E sabe o leitor porquê? Porque não temos tutelas e não respondemos perante a FIFA, nem qualquer outra entidade. Respondemos apenas perante a lei e os leitores, e são eles, no apoio do trabalho que fazemos – e não do que alguns acham que devíamos fazer – que nos dão a liderança da imprensa desportiva em Portugal.

Quem não concordar connosco, sabe o que fazer: segue a concorrência, nomeadamente aquela que dá, aos adeptos ferrenhos de cada um dos dois clubes em causa, exatamente – e só – o que eles pretendem ler. Nessa política não entrará o Record.
http://comunidade.xl.pt/Record/blogs/quintadocareca/archive/2011/08/11/ainda-a-pol-233-mica-dos-t-237-tulos-de-benfica-e-fc-porto.aspx

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Exmos. Senhores,

Já há uns meses vos contactei, a propósito do mesmo assunto desta mensagem. Constatei que, na vossa capa de hoje, dia 8 de Agosto de 2011, aparece escrito que, com a vitória na Supertaça, o Futebol Clube do Porto ultrapassou finalmente o Sport Lisboa e Benfica em número de títulos oficiais: 70 contra 69. No entanto, para podermos considerar que o Benfica tem 69 títulos, teremos de considerar a Taça Latina como título oficial, o que é, para ser simpático, no mínimo duvidoso.

A FIFA, contactada pela agência Lusa, afirmou que a Taça Latina, competição por convite, não é um título oficial. O Record discorda e, até aí, tudo bem. Cada um é livre de ter a sua opinião. Eu acho que uma competição por convite, onde clubes convidados se recusaram a participar, para ir ganhar dinheiro em competições amigáveis ou porque não tinham jogadores, ao serviço das suas selecções no Mundial de futebol é tudo menos uma competição oficial, mas todos temos direito à nossa opinião. Agora o que me faz uma tremenda confusão é que o Record ignore a opinião da autoridade máxima do futebol mundial. Por muito respeito que eu tenha pelo Record e, por mais que ache que o jornal desempenha um papel de relevo no desporto nacional, não vejo que o Record tenha qualquer autoridade para fazer tábua rasa às decisões da FIFA. Se o Record decidisse que os torneios do Guadiana e de Guimarães, o troféu Teresa Herrera, a taça da Amizade, a Eusébio Cup e a Liga de Matraquilhos do café da esquina de Unhais da Serra fossem competições oficiais teriam os leitores de o aceitar livremente?

Eu compreendo que seja difícil aceitar que o Futebol Clube do Porto seja o clube português com mais títulos. Todos temos as nossas cores clubísticas. Também acredito, enquanto assisto divertido, que doa bastante assumir a queda de alguns mitos de supremacia, superioridade e grandiosidade. Mas nada disto justifica a forma leviana como o Record abordou o assunto, ignorando a decisão oficial da FIFA, enganando os leitores com capas como a de hoje.

Toda esta história da Taça Latina já irrita. A tentativa de adiar o inadiável e de mascarar a supremacia do Porto de forma tão absurda já cheira mal. Cheira tão mal que proponho que se mude o nome ao prestigiado troféu, passando a chamar-se Taça Latrina.

Com os melhores cumprimentos

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Exmos srs,

Deparei-me hoje com uma resposta do vosso prezado director, sr. Alexandre Pais no seu blog A Quinta do Careca, respondendo a um leitor que escreveu perguntando o porquê do jornal Record não seguir as instruções da FIFA e continuar a considerar a Taça Latina como troféu oficial, como se comprova no seguinte link:

http://comunidade.xl.pt/Record/blogs/quintadocareca/archive/2011/05/25/a-ta-231-a-latina-n-227-o-conta-pr-224-fifa-pois-conta-para-o-record.aspx

Ora, os argumentos dados para esta discrepância entre a autoridade máxima do futebol mundial e o vosso jornal, são a emoção sentida pelo vosso director aquando dessa longínqua conquista do Sport Lisboa e Benfica e o impacto que isso teve nos portugueses.

Sendo certo que os senhores estão no vosso direito de exprimir a vossa opinião, permitam-me considerar esses critérios um pouco desfasados da realidade. Já pensaram que se o vosso director não fosse nascido na década de 50, nunca poderia ter sentido uma grande emoção pela conquista benfiquista?

Por outro lado, como pode o impacto de determinado título definir se este é oficial ou não? Os senhores já pensaram que o jornal Record tem o poder, como jornal desportivo mais vendido em Portugal, de influenciar esse impacto? Os senhores determinam critérios, os quais podem influenciar? Qual o sentido disto? A título exemplificativo, quando o Futebol Clube do Porto venceu a sua 2ª Taça Intercontinental, o vosso jornal remeteu esse notável feito do clube português com mais títulos a um canto da capa, dando destaque a uma lesão do guarda-redes José Moreira. Será que esse título do Porto deve deixar de ser considerado, ou dever-se-á adicionar ao espólio vermelho o Troféu Internacional Lesão do Moreira?

Por outro lado, existirá altura do ano com mais impacto do que o defeso? A altura onde se prometem as melhores equipas dos últimos 10 anos, onde se afirma que "este ano é que é", onde depois de uma vitória no valiosíssimo torneio do Guadiana, (não se esqueçam de adicionar, olhem que o estádio está sempre cheio), se garante que ninguém ganha ao Benfica, a altura onde se fazem candidaturas à Champions League e onde pululam mega-craques em entusiasmadas manchetes matutinas e que, invariavelmente, acabam num qualquer outro clube e que chegam a incluir jogadores de Futsal. Que tal instituir a "Liga das melhores equipas dos últimos 10 anos"? Ou a "Copa dos pseudo-reforços"? Ou ainda, mais genericamente, que me dizem criar o troféu "Campeões da pré-época"? Por certo, o Sport Lisboa e Benfica, com estes títulos todos, rapidamente chegará aos 150 títulos, adiando esta discussão por mais 30 anos? Fica a sugestão.

Com os melhores cumprimentos,

segunda-feira, 7 de março de 2011

Exmos. Srs.

Serve este e-mail para dar conta do meu desagrado perante a manchete de hoje no Jornal ABola.

Antes de mais, nada tenho contra que o vosso jornal, ou qualquer outro órgão de comunicação social privado, se declare pró ou contra determinado clube, força política, ou laboratório fabricante de comprimidos para a azia. Sendo privados, só lê, compra, vê, ouve, quem quer. Gostava apenas que o admitissem, mas mais vale esperar sentado.

No entanto, não tolero quando essa parcialidade se transforma numa cegueira abjecta, sem outras intenções que não sejam a lavagem cerebral de massas e a tentativa de justificar o injustificável, inventando fantasmas, perseguições e afins para mascarar os verdadeiros culpados de determinada situação.

Como já disse, pouco me interessa se o vosso jornal apoia o Benfica, o Porto ou o Recreativo de Huelva. É-me indiferente se fazem capas especiais só porque o Benfica ganhou no Dragão, ou se fazem uma manchete com Jorge Jesus, "ignorando" um inesquecível 5-0. Confesso até que essa capa me deu muito prazer e me deixou com um sorriso nos lábios. Mas o que se passou hoje, vai muito além da chamada "clubite". O título "Xistra decidiu o que já estava decidido" é vergonhoso, repugnante, rasteiro. Em bom português é, até, foleiro. A um jornal pede-se decência, decoro e que informe. Não se pedem invenções. Mas se dúvidas existissem quanto ao sentido deste título, uma caixa na manchete diz: "F. C. Porto não precisava de ajuda para ganhar o título com mérito". Mas a que propósito é que o Porto é chamado? Ou melhor, com que intenções é que o nome do Porto é usado desta maneira vil? Claro que é sempre bom saber que o Porto será campeão com mérito. Já que não o tivemos quando trucidamos o vosso clube, em Novembro, merece destaque ver que afinal sempre merecemos alguma coisa. Se os senhores acreditam mesmo nisso do mérito do Porto ou se foi o desespero a falar mais alto, é que já não sei.
Voltando à já falada pouco gloriosa manchete, interrogo-me o porquê do título já estar decidido. Não foi o vosso jornal que nos tem presenteado com memoráveis manchetes sobre o Benfica, tipo "À Campeão!", ou anunciando que o Benfica ainda está na corrida pelo título? O que é que mudou num fim-de-semana, para antes do jogo de Braga o título ter passado de "em aberto" para "resolvido"? É que das duas uma, ou os senhores andaram a mentir aos vossos leitores semanas a fio, ou estão a tentar enganar uns quantos inocentes, atirando as culpas das derrotas do vosso clube para os árbitros.

Muito sinceramente, o que se passou hoje foi mau, muito mau. Espero muito sinceramente que não se torne a repetir. Ficamos todos a ganhar com isso. Haja um pingo de vergonha.

Com os melhores cumprimentos,


PS: Porque não fazer uma capa a dizer: "Roberto decidiu o que já estava decidido"? Era capaz de fazer mais algum sentido, digo eu.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Carta aberta aos benfiquistas

Caríssimos benfiquistas,

Sejam muito bem-vindos de novo. Espero que me façam tão feliz como da última vez que cá vieram. Saibam que serão sempre bem-vindos. Gostava de comunicar que não sou esquisito e, portanto, podem trazer polícia, de carro, a pé, ou a cavalo, como quiserem e quantos quiserem. Contratem uns gorilas para fazer de segurança privada. Tragam o Exército, a Marinha ou a Força Aérea, o FBI, a CIA ou o Hezbollah. Ameacem não comparecer ao jogo, ao flash-interview e ao aquecimento, armem confusão no túnel, fora do túnel e debaixo da ponte. Façam mais uns quantos comunicados, combinem com o Guerra, o Delgado ou o Bonzinho mais umas manchetes bombásticas e expliquem à Leonor Pinhão o que é uma actualização de números de sócio. Peçam aos vossos adeptos para virem ao jogo, para não virem ao jogo, para virem só à 1ª parte e para virem só à segunda parte. Tragam uma águia, uma avestruz, uma galinha ou um pardal. Joguem com 11 novos Di Maria. Metam o Jesus no banco com o cabelo, branco, cinzento, loiro, castanho ou cor-de-burro-quando-foge. Queixem-se do árbitro antes, depois e durante o jogo, ao Ministro da Administração Interna, da Justiça ou da Saúde, ao Sócrates, ao Rei de Espanha, ao Papa ou a Alá, o que até faz sentido. Tragam o Eusébio para ele provar um marisco muito bom chamado francesinha e façam-lhe mais umas quantas galas.

Mas por favor, não cortem o trânsito na avenida da Boavista porque eu preciso de ir trabalhar.

Obrigado.