Exmos. Senhores,
Quando cheguei a casa, vindo de uma belíssima festa de homenagem ao melhor jogador que vi jogar no nosso campeonato, Deco, fui confrontado, na página online do Record, com o seguinte relato do último golo do desafio entre o Porto de 2004 e o Barcelona de 2006, apontado precisamente, pelo Mágico:
90' - Goooolooooo do FC Porto! 4-4! Deco faz o empate com Baía a fazer uma "perninha", não se fazendo à bola para que o Mágico recebesse uma última ovação.
Ora, antes de mais, quando alguém dá uma ajuda, dá uma mãozinha e não uma perninha. Convém escrever em português correcto e não meter os pés pelas mãos. Depois, importa perceber a parvoíce que aí está escrita. Tivesse Baía tentado defender a bola, ou não, o remate foi indefensável. Um golaço. Mas, mesmo que tivesse dado uma mãozinha, perninha, cabecinha ou outra qualquer parte do corpo, escrever uma coisa destas é uma vergonha. Um ultraje demonstrativo das faltas de classe, de nível e de vergonha que grassam no vosso jornal desde que este é gerido com Manha. Num jogo a brincar, para homenagear um craque, que tanto deu ao Porto e a Portugal, escrever uma barbaridade destas mostra um espírito pequenino, onde impera a inveja. Sejamos sinceros, nunca nos tempos mais recentes houve, nos clubes da capital um jogador deste calibre. Nunca houve, sequer, um atleta digno de tamanha homenagem. E nunca, jamais, em tempo algum, Benfica e Sporting foram capazes de homenagear alguém desta forma.
E é isto que vos dói. O Futebol Clube do Porto conseguiu reunir em campo, um ex-dirigente do Sporting, vários jogadores que foram mal-amados neste clube. Jogadores que saíram a mal do clube. Jogadores adeptos dos clubes rivais. Mas todos eles, todos, voltaram a jogar com aquele belíssimo equipamento, com aquele símbolo ao peito. O que vos dói é que o Futebol Clube do Porto é mesmo um clube especial e um clube diferente. E dói tanto, que nem justos e isentos conseguem ser. E estamos a falar de um jogo de homenagem. Imagine-se se fosse a sério.
Mas, citando Manuel Machado, um vintém é um vintém e um cretino é um cretino. E, acrescento eu, o Record é inqualificável.
Quero acreditar que quem escreveu aquelas infelizes linhas estava pouco iluminado. Vítor Baía deveria ter dado, então, um rabinho, que é onde o sol não brilha.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
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sábado, 26 de julho de 2014
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Três pedradas no charco
Exmos. srs,
Ao ler a vossa capa de hoje, constatei que, o vosso jornal, mais uma vez e ao melhor estilo da Taça Latina, adulterou a verdade dos factos. É verdade que os adeptos do Sporting levaram com três pedradas em cheio no ego, uma do Josué, uma fortíssima do Danilo, que deixou mossas profundas e uma outra, atirada de cabeça, com pouca força e em queda, pelo Lucho, mas que levou intensidade suficiente para deixar o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, sem fala e de lágrima no canto do olho. Estas pedradas também aparentam ter atingido violentamente a redacção do vosso jornal, que tanta publicidade tem feito ao sétimo classificado do último campeonato, ao ponto de o considerar mais importante do que jogos de equipas portuguesas na Liga dos Campeões.
O que eu não consigo conceber, é como o Record se esqueceu de referir todas as outras pedradas que ocorreram antes do jogo, no tempo em que os sportinguistas ainda achavam o Maurício um bom central e acreditavam que tinham uma grande equipa. Algumas horas antes do jogo, ocorreu uma largada de touros - sim, um bando de animais todos de preto, pode ser comparado a uma manada de touros, não pode? - pela Alameda do Dragão abaixo. Nessa largada, adeptos do Sporting, e não Super Dragões, como ontem foi referido na CMTV, o que me leva a acreditar que a coerência não abunda na Cofina, arremessaram pedras e garrafas a simpatizantes do Futebol Clube do Porto, agrediram quem não teve tempo de se esquivar, arrasaram bancas de venda de cachecóis, pertença de pessoas humildes e honestas a tentarem garantir o seu ganha-pão e, ainda, tentaram invadir o estádio do Dragão, embora eu compreenda o desespero de poder assistir a um jogo num estádio que não aparenta ser um gigantesto e piroso quarto-de-banho. Na sequência destes incidentes, houve resposta de alguns adeptos afectos ao Futebol Clube do Porto, nos mesmos moldes.
O Record, mais uma vez, fez tábua rasa da verdade, efabulando, o que até tem o seu nexo, dados os touros, mais um capítulo da obra de ficção com que as publicações da Cofina insistem em presentear os seus leitores, ignorando e desculpabilizando os responsáveis por esta confusão, quer materiais, a manada de touros, quer morais, o presidente do Sporting que tem tentado, nas últimas semanas, incendiar os ânimos, chegando ao ponto de insultar o próprio pai, sempre com a cumplicidade do vosso jornal, que lhe dá todo o destaque possível, e que só não é maior porque o jornal não é impresso em formato A1. Note-se também que o principal destaque do jornal não é dado ao líder do campeonato, mas sim aos humildes segundo e terceiro da prova. Mas a isso já estamos mais que habituados. O que fica para a história são as três monumentais pedradas no charco, que fizeram um monte de lagartos, (lá vem a fábula outra vez), e alguns escritores de jornais inchar que nem sapos.
Mas, não pensem que eu critico apenas por criticar. Aliás, queria deixar-vos um conselho. Agasalhem-se, que -5 é muito, muito frio.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
domingo, 11 de agosto de 2013
Record do Mundo do Descaramento
Exmos senhores,
quando João Querido Manha foi nomeado como director do Record, assustei-me. Assustei-me porque, por um lado, o Record perdeu um director com umas capacidades intelectuais acima da média, que lhe permitiram, e cito, "vibrar intensamente" com uma vitória do Benfica, quando tinha 4 anos, e porque, por outro lado, o novo director, nunca conseguiu manter a isenção quando de futebol se tratava. De facto, João Querido Manha nunca disfarçou o seu benfiquismo. Este era latente nos comentários que fazia na TVI e nas abjectas crónicas a chorar por causa dos árbitros, no próprio Record. Ainda assim, resolvi dar o benefício da dúvida.
No entanto, hoje, dia 11 de Agosto de 2013, não posso deixar passar em claro a aziada capa do vosso jornal. Todos sabemos o quanto vos custa escrever sobre os sucessos do Futebol Clube do Porto. Todos sabemos, ainda melhor, o quanto dói ao vosso director ter que dizer bem do Futebol Clube do Porto. O que não se admite é que a conquista de uma prova oficial, organizada pela FPF e reconhecida, ao contrário de outras, pela FIFA, seja remetida a um miserável cantinho da capa, dando mais destaque a um reforço de um clube do meio da tabela do futebol nacional, que nem às competições europeias vai. Mas, mais escandaloso ainda, é até o jogo de apresentação do Futebol Clube do Porto ter tido mais destaque do que a Supertaça, uma vez que, nessa altura, o Record conseguiu descortinar uma pretensa agressão do atleta Kelvin. Provavelmente tiveram 92 bons motivos para tal. O descaramento bateu um novo Record mundial. O vosso jornal tem, agora, muita Manha
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
quando João Querido Manha foi nomeado como director do Record, assustei-me. Assustei-me porque, por um lado, o Record perdeu um director com umas capacidades intelectuais acima da média, que lhe permitiram, e cito, "vibrar intensamente" com uma vitória do Benfica, quando tinha 4 anos, e porque, por outro lado, o novo director, nunca conseguiu manter a isenção quando de futebol se tratava. De facto, João Querido Manha nunca disfarçou o seu benfiquismo. Este era latente nos comentários que fazia na TVI e nas abjectas crónicas a chorar por causa dos árbitros, no próprio Record. Ainda assim, resolvi dar o benefício da dúvida.
No entanto, hoje, dia 11 de Agosto de 2013, não posso deixar passar em claro a aziada capa do vosso jornal. Todos sabemos o quanto vos custa escrever sobre os sucessos do Futebol Clube do Porto. Todos sabemos, ainda melhor, o quanto dói ao vosso director ter que dizer bem do Futebol Clube do Porto. O que não se admite é que a conquista de uma prova oficial, organizada pela FPF e reconhecida, ao contrário de outras, pela FIFA, seja remetida a um miserável cantinho da capa, dando mais destaque a um reforço de um clube do meio da tabela do futebol nacional, que nem às competições europeias vai. Mas, mais escandaloso ainda, é até o jogo de apresentação do Futebol Clube do Porto ter tido mais destaque do que a Supertaça, uma vez que, nessa altura, o Record conseguiu descortinar uma pretensa agressão do atleta Kelvin. Provavelmente tiveram 92 bons motivos para tal. O descaramento bateu um novo Record mundial. O vosso jornal tem, agora, muita Manha
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
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