Exmos. Srs.
Envio-vos este e-mail para vos dar conta da minha incredulidade e da minha repulsa pela vossa capa dia hoje, de 17 de março de 2013.
Na vossa manchete, dedicada à vitória do Sporting sobre o Futebol Clube do Porto, não se lê qualquer referência ao colossal erro da equipa de arbitragem que deixou passar um fora-de-jogo descarado no lance do golo de Slimani e muito menos existe qualquer menção ao penalty cometido por Cedric Soares, e não assinalado pelo árbitro, Pedro Proença, por falta sobre Jackson quando este estava prestes a marcar que conduziria também à expulsão do atleta sportinguista, ainda antes do intervalo.
Este facto não me chocaria e eu seria o primeiro a aplaudi-lo, uma vez que creio que se deva dar destaque ao futebol jogado e não aos árbitros. Errar é humano e erros acontecem e fazem parte da vida. Convenhamos que, se todos os erros merecessem uma punição dura, o site do vosso jornal, à quantidade de "gralhas" que comete, já estaria fechado há muito tempo. Todavia, o que me revolta é a incoerência com que elaboram o vosso jornal. Como já escrevi, se isto fosse prática habitual em ABola, eu ficaria muito satisfeito. Sucede que não é. Há inúmeras provas que o demonstram, e que também demonstram que a importância dada aos erros de arbitragem varia consoante estes beneficiam e ou prejudicam o Porto. Vejamos, quando o Porto venceu o Benfica por 3-2 para o campeonato, com o golo da vitória a ser marcado por Maicon em fora-de-jogo, a vossa manchete no dia seguinte foi, precisamente, "Fora de jogo", escamoteando o penalty cometido por Oscar Cardozo nesse mesmo jogo. Quando Pedro Proença, esta temporada, assinalou erradamente um penalty que deu a vitória ao Porto na recepção ao Vitória de Guimarães, a vossa capa foi "Também tu, Pedro?!", sublinhada com um "Porto vence com erro de arbitragem". Quando o Benfica foi supostamente prejudicado num jogo em Braga, constava na vossa manchete que o Porto não precisava daquela arbitragem para ser campeão. Na capa de hoje, não se vê qualquer miserável referência á arbitragem. Nada de nada.
ABola insiste em manter uma máscara de imparcialidade que usa, recorrentemente para, manipular os seus leitores. Nada me move contra que determinado órgão de comunicação social se declare a favor do que quer que seja, seja um clube, um partido político ou uma religião, desde que se assuma. Igualmente, e embora isso revele uma certa tacanhez de espírito, nada me move contra que o mesmo órgão se declare contra o que quer que seja. O que me repugna é a falta de coragem, ou de vontade, de assumir determinada orientação. Enojam-me as agendas escondidas, as entrevistas encomendadas, os relatos de pseudo-agressões cujos agredidos ficam com menos marcas do que os palhaços no circo quando fingem que foram violentamente esbofeteados. E, pelo menos, esses palhaços são profissionais dignos.
Imagino eu que, ontem, ao elaborar o jornal, o discernimento não fosse grande. Ontem o anti-Porto saiu-se vencedor e, como tal, aí na vossa redacção, dada a festa, não deveria ser só a Travessa a estar Queimada. Escusam é de reservar já o Marquês. Apesar dos muitos terramotos que os senhores, de má fé, nos provocam, o Futebol Clube do Porto reergue-se num ápice e, muito mais forte.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
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segunda-feira, 17 de março de 2014
terça-feira, 12 de novembro de 2013
O limite da decência
Exmo. sr. Vítor Serpa,
no seu editorial de hoje, 12 de novembro de 2013, o senhor lança um feroz ataque a todos aqueles que gastam parte do seu tempo, por passatempo, a escrever sobre futebol nesse imenso mundo que é a internet, seja nas redes sociais, em blogs ou nas mais diversas páginas. Apelida de lixo tudo aquilo que é escrito, acusa os autores de brejeirice e até ordinarice e, tenta, a todo o custo descredibilizar tudo o que de bom é feito, por adeptos dos mais variados clubes, que gastam horas do seu limitado tempo a discutir e a debater os seus clubes, por gozo e por paixão.
É evidente que o senhor tem alguma razão. De facto, há determinados locais online onde, é notório, que grassa a falta de nível, o insulto gratuíto e a parvoíce. O que me espanta é o sr. Vítor Serpa surgir, de peito aberto, a criticar essa situação quando, a página online do jornal que dirige ser, um dos favoritos ao campeonato da ordinarice, nomeadamente nos espaços de comentários às notícias. Curiosamente, não vejo qualquer acção sua, ou da publicação que dirige, em tentar resolver esse assunto. Nesses comentários, os insultos e os comentários indecorosos sucedem-se a maior velocidade que os cartões vermelhos mostrados ao Marcos Rojo. Mais, com que moral pode o sr., que é director de ABola, vir criticar as faltas de conteúdo e de nível de outrém, quando, no seu jornal, permitiu semanas a fio de uma discussão inócua e infantil entre Miguel Sousa Tavares e dois Gatos Fedorentos e insultos, esses sim, de altíssimo nível na escala da ordinarice, escritos por Leonor Pinhão sobre as progenitoras dos nortenhos? E qual é o conteúdo das contantes manchetes plenas de falsidades e incorrecções? Qual é o conteúdo da "notícia" que "informava" que o Futebol Clube do Porto ia ser eliminado administrativamente da Taça da Liga?
Mas não é isso que o move, pois não, sr. Vítor Serpa? A causa deste reles e víl ataque é, para além do medo que a crescente popularidade que a internet tem conquistado, o facto de, online, haver muita gente atenta aos seus malabarismos jornalísticos. Na internet, as tentativas de propaganda barata que o seu jornal insiste em fazer, com as taças latinas, os seis milhões e os campeonatos da pré-época são imediatamente denunciados. Os ataques rasteiros, as entrevistas encomendadas, a troca da supostamente sagrada e inviolável ética jornalista por favores ao Benfica e o esquecimento a que o campeão nacional é vetado têm resposta pronta na internet. E os endeusamentos a dirigentes, treinadores e atletas de determinado clube, as manchetes com falsas agressões a dirigentes e as constantes tentativas de manipulação da opinião pública são, regra geral, contrariadas pelos mesmos indivíduos a quem o senhor apelida de brejeiros, ordinários e produtores de ruído e lixo.
É isto que o motiva, sr. Vítor Serpa. O senhor tem medo de ser, definitivamente, desmascarado. Já percebeu que já há muita gente, incluindo alguns benfiquistas iluminados, que já não seguem o rebanho e conseguem pensar pela sua própria cabeça e já não engolem as patranhas que ABola lhes oferece.
Entretanto, nós, os brejeiros e ordinários, não nos cansaremos, nas nossas redes sociais, nos nossos blogs e nos nossos fóruns, de denunciar todas as barbaridades com que ABola e os demais órgãos de comunicação social insistem em nos presentear. Com uma grande vantagem, nós, os brejeiros e ordinários temos a espinha dorsal bem direita, fruto de termos a liberdade de escrevermos aquilo que pensamos, aquilo em que acreditámos, sem esperar nada em troca. E garanto-lhe, sr. Vítor Serpa, é uma sensação única. Havia de experimentar.
Com os mais brejeiros e ordinários cumprimentos,
João Ferreira
PS: Se o sr. Vítor Serpa tem tanto a dizer sobre o que se escreve na Internet, porque motivo nunca respondeu a nenhum dos e-mails que eu, gentilmente, enviei para ABola?
Nota: a imagem constante deste post foi-me gentilmente cedida pelo Miguel, autor do blog Tomo II
terça-feira, 23 de abril de 2013
Jornalismo à Capela
Exmos srs.
Ao navegar pela Internet, fui confrontado por um editorial assinado pelo vosso director Vítor Serpa, onde se pode ler o seguinte:
Vem este editorial a propósito da arbitragem de João Capela no último Benfica-Sporting. Dada a celeuma provocada por um declive no relvado, capaz de fazer o cenário inclinado do programa "Vale Tudo" corar de vergonha, Vítor Serpa, motivado por uma súbita e nunca antes vista solidariedade para com os árbitros, ou então, por ordens superiores, escreve um editorial onde tenta desesperadamente desculpar a desastrada actuação do árbitro lisboeta no último derby. Nada disto seria digno de registo, não fosse o jornal dirigido por Vítor Serpa conhecido por fazer manchetes com erros de arbitragem. Todos nos lembrámos do "FORA DE JOGO" estampado na primeira página do jornal, aquando do golo de Maicon na Luz, do "Xistra decide o que estava decidido", por ter sido o único árbitro a ter a coragem de expulsar Javi Garcia, após mais uma das suas inúmeras agressões, ou "Benquerença trava Benfica", após uma derrota vermelha em Guimarães. Em todos estes casos, Vítor Serpa escondeu cuidadosamente os seus simpáticos sentimentos para com as equipas arbitragens. Em todos estes casos, Vítor Serpa não se abespinhou com o futebol da televisão. Aliás, até permitiu que o vosso jornal fizesse uma manchete com, pasme-se, imagens retiradas da transmissão televisiva, com linhas de fora-de jogo e tudo!!!
Em todos estes casos, o jornal ABola não se coibiu de julgar os árbitros, de usar as tão criticadas imagens televisivas a seu bel-prazer. Quando não interessou, tratou-se logo de desculpar o árbitro de uma forma mesquinha.
E acho que todos concordamos que mais vale ter dezenas de câmaras a escalpelizar a verdade e a mostrar o que realmente se passou, do que meia-dúzia apontadas para o tecto e uma manchete de ABola a inventar que Helton, Fucile e Cristian Rodriguez agrediram stewards no obscuro túnel da Luz.
Mas isto no fundo, pode chamar-se de jornalismo à Capela: parcial, incoerente e adulterador da verdade. Já ABola é o Maxi Pereira do jornalismo. Dia após dia infringe as regras e nunca é punida.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
Notas: Agradeço ao Tomo II, a citação do editorial.
Ao navegar pela Internet, fui confrontado por um editorial assinado pelo vosso director Vítor Serpa, onde se pode ler o seguinte:
a televisão tem trazido benefícios e malefícios ao Futebol. do lado do "mal" está alguma subversão do espectáculo, sobretudo quando é visto por dezenas de olhos das câmaras colocadas em lugares estratégicos e que concorrem deslealmente com os dois olhos do árbitro, pobre humano falível.
na verdade, o futebol de televisão é o futebol dos 1001 penalties e das discussões absurdas, porque o que se vê em casa nem sempre se pode ver no estádio.
Vem este editorial a propósito da arbitragem de João Capela no último Benfica-Sporting. Dada a celeuma provocada por um declive no relvado, capaz de fazer o cenário inclinado do programa "Vale Tudo" corar de vergonha, Vítor Serpa, motivado por uma súbita e nunca antes vista solidariedade para com os árbitros, ou então, por ordens superiores, escreve um editorial onde tenta desesperadamente desculpar a desastrada actuação do árbitro lisboeta no último derby. Nada disto seria digno de registo, não fosse o jornal dirigido por Vítor Serpa conhecido por fazer manchetes com erros de arbitragem. Todos nos lembrámos do "FORA DE JOGO" estampado na primeira página do jornal, aquando do golo de Maicon na Luz, do "Xistra decide o que estava decidido", por ter sido o único árbitro a ter a coragem de expulsar Javi Garcia, após mais uma das suas inúmeras agressões, ou "Benquerença trava Benfica", após uma derrota vermelha em Guimarães. Em todos estes casos, Vítor Serpa escondeu cuidadosamente os seus simpáticos sentimentos para com as equipas arbitragens. Em todos estes casos, Vítor Serpa não se abespinhou com o futebol da televisão. Aliás, até permitiu que o vosso jornal fizesse uma manchete com, pasme-se, imagens retiradas da transmissão televisiva, com linhas de fora-de jogo e tudo!!!
Em todos estes casos, o jornal ABola não se coibiu de julgar os árbitros, de usar as tão criticadas imagens televisivas a seu bel-prazer. Quando não interessou, tratou-se logo de desculpar o árbitro de uma forma mesquinha.
E acho que todos concordamos que mais vale ter dezenas de câmaras a escalpelizar a verdade e a mostrar o que realmente se passou, do que meia-dúzia apontadas para o tecto e uma manchete de ABola a inventar que Helton, Fucile e Cristian Rodriguez agrediram stewards no obscuro túnel da Luz.
Mas isto no fundo, pode chamar-se de jornalismo à Capela: parcial, incoerente e adulterador da verdade. Já ABola é o Maxi Pereira do jornalismo. Dia após dia infringe as regras e nunca é punida.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
Notas: Agradeço ao Tomo II, a citação do editorial.
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