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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Maldita Matemática

Exmos. Senhores,

Cumpre-me realçar e elogiar o justo destaque dado à vitória do Sporting sobre o Schalke 04 na vossa capa de hoje. Não é todos os dias que se alcança o feito absolutamente histórico e notável que o Sporting conseguiu, que foi derrotar a décima equipa em jogos para a Liga dos Campeões. Luís Filipe Vieira dizia que o Benfica ia ser maior que o Real Madrid, mas foi o Sporting a conseguir, pelo menos, equiparar-se ao colosso madrileno: enquanto o Real Madrid conquistou 10 taças, o Sporting derrotou dez adversários diferentes. Mais, o Sporting voltou a vencer na principal prova de clubes da Europa seis anos depois. Fabuloso.

O que eu não posso elogiar, mas também não posso deixar de realçar é a frase constante da vossa capa e que aqui reproduzo: "Há 20 anos que uma equipa portuguesa não marcava 4 golos a um adversário alemão". E tenho de a destacar porque esta frase está revestida de falsidade. É falso que nenhuma equipa portuguesa tenha marcado quatro golos a um adversário alemão. É mentira, uma vez que no dia 17 de outubro de 2006, o Futebol Clube do Porto, maior potencia futebolística portuguesa, com ou sem Taças Latinas, derrotou, no Estádio do Dragão, o Hamburger SV por 4-1, com um bis de Lisandro Lopez, e um golo de Lucho Gonzalez e Helder Postiga. Ora, se a minha matemática está certa, de 2006 para 2014, passaram-se apenas oito anos, e não vinte.

Não consigo compreender o que levou a este esquecimento, mas tenho algumas suspeitas. Ou é simples esquecimento, ou para os senhores, Portugal termina nas portagens de Alverca, ou preferem ignorar os feitos do Futebol Clube do Porto, ou então perceberam que quem marcou o golo alemão, nesse desafio, foi Trochowski, que na época passada actuava no... Sevilha.

Independentemente do que tiver sido, é mais um erro crasso de um diário da Cofina. Depois pretendem ser bem tratados pelos diversos agentes. Se querem ser respeitados, respeitem. Não inventem e sejam imparciais.

Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira

quinta-feira, 27 de março de 2014

Basta!

Exmos. Srs.,

No dia 25 de Março de 2014 foi emitida, no canal de televisão SIC, uma reportagem sobre aquele que é considerado o melhor árbitro português, não só da actualidade, mas de sempre, Pedro Proença, o único árbitro português a dirigir uma final de uma prova de selecções.

Obviamente que, sendo esta reportagem a primeira do género em Portugal, se compreende que seja notícia nos restantes órgãos de comunicação social nacionais, principalmente aqueles que versam sobre o desporto em geral e o futebol em particular, como é o caso do vosso jornal. Assim, não estranhei minimamente terem destacado o acontecimento na vossa página online. O que eu não compreendo é o destaque que os senhores optaram por dar, escrevendo como título da notícia "O meu erro terá marcado o título nacional", relatando uma confissão de Pedro Proença sobre o famoso golo de Maicon ao Benfica, em fora-de-jogo.

Não desejando eu imiscuir-me nos vossos critérios editoriais, parece-me que este destaque roça, de forma bastante intensa, a tacanhez e a pobreza de espírito. Numa reportagem onde ficamos a saber a forma altamente profissional como Pedro Proença se prepara para os jogos, o estudo aprofundado que efectua de todos os atletas que participam nos jogos por si dirigidos, o que o árbitro passou quando foi violentamente agredido e, até, a forma curiosa como Proença se dirige aos atletas, o vosso jornal optou por ir buscar uma história antiga, morta e enterrada. Este destaque desvirtua totalmente aquilo que foi a reportagem da SIC, que teria servido para mostrar o bom trabalho que, pelo menos alguns árbitros vão fazendo em Portugal, não fosse a mesquinhez que pautou esta notícia.

Uma reportagem que poderia ter servido para pacificar o futebol português e para credibilizar uma classe tantas e tantas vezes criticada, foi usada pelo órgão de comunicação social que os senhores dirigem como arma de arremesso para incendiar, ainda mais os ânimos. Enquanto os Pedros Proença deste país trabalham arduamente, lutam contra a má fama da classe e mais uma panóplia de adversidades, são vítimas de pressões que roçam a coacção e são ameaçados, o jornal Record opta por contribuir para o agravar destas adversidades.

Sim, porque não são só os dirigentes e os comentadores que provocam o clima de guerrilha permanente no futebol português. Os órgãos de comunicação social, com as notícias encomendadas, o facciosismo exacerbado e a desonestidade com que escrevem algumas notícias, influenciando as opiniões de leitores quando deveriam ser absolutamente isentos, uma vez que é isso que dizem ser, também contribuem para as permanentes confusões que marcam o nosso futebol. E portanto, com notícias como estas o Record torna-se, automaticamente, co-responsável pelas agressões, ameaças e actos de vandalismo que os árbitros têm sofrido.

Com os melhores cumprimentos,

João Ferreira

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Três pedradas no charco



Exmos. srs,

Ao ler a vossa capa de hoje, constatei que, o vosso jornal, mais uma vez e ao melhor estilo da Taça Latina, adulterou a verdade dos factos. É verdade que os adeptos do Sporting levaram com três pedradas em cheio no ego, uma do Josué, uma fortíssima do Danilo, que deixou mossas profundas e uma outra, atirada de cabeça, com pouca força e em queda, pelo Lucho, mas que levou intensidade suficiente para deixar o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, sem fala e de lágrima no canto do olho. Estas pedradas também aparentam ter atingido violentamente a redacção do vosso jornal, que tanta publicidade tem feito ao sétimo classificado do último campeonato, ao ponto de o considerar mais importante do que jogos de equipas portuguesas na Liga dos Campeões.

O que eu não consigo conceber, é como o Record se esqueceu de referir todas as outras pedradas que ocorreram antes do jogo, no tempo em que os sportinguistas ainda achavam o Maurício um bom central e acreditavam que tinham uma grande equipa. Algumas horas antes do jogo, ocorreu uma largada de touros - sim, um bando de animais todos de preto, pode ser comparado a uma manada de touros, não pode? - pela Alameda do Dragão abaixo. Nessa largada, adeptos do Sporting, e não Super Dragões, como ontem foi referido na CMTV, o que me leva a acreditar que a coerência não abunda na Cofina, arremessaram pedras e garrafas a simpatizantes do Futebol Clube do Porto, agrediram quem não teve tempo de se esquivar, arrasaram bancas de venda de cachecóis, pertença de pessoas humildes e honestas a tentarem garantir o seu ganha-pão e, ainda, tentaram invadir o estádio do Dragão, embora eu compreenda o desespero de poder assistir a um jogo num estádio que não aparenta ser um gigantesto e piroso quarto-de-banho. Na sequência destes incidentes, houve resposta de alguns adeptos afectos ao Futebol Clube do Porto, nos mesmos moldes.

O Record, mais uma vez, fez tábua rasa da verdade, efabulando, o que até tem o seu nexo, dados os touros, mais um capítulo da obra de ficção com que as publicações da Cofina insistem em presentear os seus leitores, ignorando e desculpabilizando os responsáveis por esta confusão, quer materiais, a manada de touros, quer morais, o presidente do Sporting que tem tentado, nas últimas semanas, incendiar os ânimos, chegando ao ponto de insultar o próprio pai, sempre com a cumplicidade do vosso jornal, que lhe dá todo o destaque possível, e que só não é maior porque o jornal não é impresso em formato A1. Note-se também que o principal destaque do jornal não é dado ao líder do campeonato, mas sim aos humildes segundo e terceiro da prova. Mas a isso já estamos mais que habituados. O que fica para a história são as três monumentais pedradas no charco, que fizeram um monte de lagartos, (lá vem a fábula outra vez), e alguns escritores de jornais inchar que nem sapos.

Mas, não pensem que eu critico apenas por criticar. Aliás, queria deixar-vos um conselho. Agasalhem-se, que -5 é muito, muito frio.

Com os melhores cumprimentos,

João Ferreira

domingo, 11 de agosto de 2013

Record do Mundo do Descaramento

Exmos senhores,

quando João Querido Manha foi nomeado como director do Record, assustei-me. Assustei-me porque, por um lado, o Record perdeu um director com umas capacidades intelectuais acima da média, que lhe permitiram, e cito, "vibrar intensamente" com uma vitória do Benfica, quando tinha 4 anos, e porque, por outro lado, o novo director, nunca conseguiu manter a isenção quando de futebol se tratava. De facto, João Querido Manha nunca disfarçou o seu benfiquismo. Este era latente nos comentários que fazia na TVI e nas abjectas crónicas a chorar por causa dos árbitros, no próprio Record. Ainda assim, resolvi dar o benefício da dúvida.

No entanto, hoje, dia 11 de Agosto de 2013, não posso deixar passar em claro a aziada capa do vosso jornal. Todos sabemos o quanto vos custa escrever sobre os sucessos do Futebol Clube do Porto. Todos sabemos, ainda melhor, o quanto dói ao vosso director ter que dizer bem do Futebol Clube do Porto. O que não se admite é que a conquista de uma prova oficial, organizada pela FPF e reconhecida, ao contrário de outras, pela FIFA, seja remetida a um miserável cantinho da capa, dando mais destaque a um reforço de um clube do meio da tabela do futebol nacional, que nem às competições europeias vai. Mas, mais escandaloso ainda, é até o jogo de apresentação do Futebol Clube do Porto ter tido mais destaque do que a Supertaça, uma vez que, nessa altura, o Record conseguiu descortinar uma pretensa agressão do atleta Kelvin. Provavelmente tiveram 92 bons motivos para tal. O descaramento bateu um novo Record mundial. O vosso jornal tem, agora, muita Manha

Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira

sábado, 23 de março de 2013

A mentira tem uma perna curtíssima

Exmos srs.

na vossa edição do passado dia 15 de Março, noticiava-se que Pinto da Costa teria tentado contratar Jorge Jesus para treinador do Futebol Clube do Porto mas que, aparentemente, o presidente azul e branco iria falhar os seus intentos surgindo, como alternativa mais forte, Leonardo Jardim. Hoje, dia 23 de Março, tudo é diferente. O Correio da Manhã afirma peremptoriamente que Domingos Paciência será o sucessor de Vítor Pereira.

Em escassos 8 dias, o Correio da Manhã, consegue afirmar que, para o cargo de treinador do Porto existiu um alvo falhado, uma hipótese mais forte e um substituto assegurado e, isto tudo, quando o actual campeão nacional tem treinador sob contrato até 30 de Junho de 2013. Curiosamente, o termo do contrato do treinador do Benfica é exactamente o mesmo do do seu homólogo portista e, até ver, não me recordo de surgir qualquer notícia quanto ao seu substituto. Por outro lado, em pouco mais de uma semana, o Porto terá negociado com três técnicos diferentes.

Isto leva-me a concluir que o Correio da Manhã não arranja notícias suficientes para o jornal e, como tal necessita de inventar mentiras para, como vulgarmente se diz, encher chouriços - a propósito, Gareth Bale já chegou ao Sporting? - ou o Correio da Manhã está, mais uma vez, a mentir, descarada e propositadamente, tendo em vista perturbar, prejudicar e desestabilizar o Futebol Clube do Porto, politica bastante usada pela Cofina. Estranhamente, não se vê o mesmo comportamento no que respeita ao Benfica. Aí é só elogios, propaganda foleira e manchetes popularuchas.

Deixo-vos um singelo conselho, dediquem-se às fofocas, ao Jet7 e às plásticas do Jorge Jesus. Percebem bem mais disso. E, se não for abusar muito, um pedido muito simples: haja decoro.

Cumprimentos,
João Ferreira

sexta-feira, 15 de março de 2013

Notícias de desCOFINAr

Exmos Srs.,

hoje, duas das vossas publicações, o Record e o Correio da Manhã, apresentam notícias sobre alterações no comando técnico de alguns clubes da Liga Zon Sagres. Nada de anormal. Estranha é, a incoerência das duas publicações. Se o Correio da Manhã afiança que Pinto da Costa já fez uma proposta a Jorge Jesus, mas que a Betty Grafstein do futebol nacional deve permanecer no Benfica, e que, como tal, o Futebol Clube do Porto deve falhar o seu objectivo, o Record admite a preferência de Luís Filipe Vieira por Rui Vitória, que, por uma conjugação altamente improvável dos astros, que nem a vossa nova colaboradora Maya seria capaz de prever, é o treinador do adversário do Benfica nesta jornada do campeonato.

Para além dos dois jornais, sob a mesma alçada, publicarem conteúdos tão díspares, o momento em que os publicam indicia que há interesses escondidos por detrás destas notícias. Não bastasse a gritante bajulação efectuada pelo Record ao Benfica, com realce para a semana que agora finda, em que Jesus foi equiparado a um professor universitário catedrático, com meia-dúzia de doutoramentos, e o Benfica é apontado como candidato a vencer a Liga Europa, apenas por ter eliminado o poderosíssimo 9º classificado do campeonato francês, os dois títulos da Cofina lançam, no mesmo dia, notícias que podem, claramente, desestabilizar quer o adversário do Benfica nesta jornada, o Vitória de Guimarães, quer o único rival na luta pelo campeonato nacional, o Futebol Clube do Porto.

Neste momento, perdeu-se totalmente a vergonha. Neste momento, tudo vale para ajudar o Benfica a alcançar os seus objectivos. O código deontológico do jornalismo não passa de um pelo encravado na causa maior que é levar o Benfica ao título de campeão.

Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira