Exmos. Senhores,
Cumpre-me realçar e elogiar o justo destaque dado à vitória do Sporting sobre o Schalke 04 na vossa capa de hoje. Não é todos os dias que se alcança o feito absolutamente histórico e notável que o Sporting conseguiu, que foi derrotar a décima equipa em jogos para a Liga dos Campeões. Luís Filipe Vieira dizia que o Benfica ia ser maior que o Real Madrid, mas foi o Sporting a conseguir, pelo menos, equiparar-se ao colosso madrileno: enquanto o Real Madrid conquistou 10 taças, o Sporting derrotou dez adversários diferentes. Mais, o Sporting voltou a vencer na principal prova de clubes da Europa seis anos depois. Fabuloso.
O que eu não posso elogiar, mas também não posso deixar de realçar é a frase constante da vossa capa e que aqui reproduzo: "Há 20 anos que uma equipa portuguesa não marcava 4 golos a um adversário alemão". E tenho de a destacar porque esta frase está revestida de falsidade. É falso que nenhuma equipa portuguesa tenha marcado quatro golos a um adversário alemão. É mentira, uma vez que no dia 17 de outubro de 2006, o Futebol Clube do Porto, maior potencia futebolística portuguesa, com ou sem Taças Latinas, derrotou, no Estádio do Dragão, o Hamburger SV por 4-1, com um bis de Lisandro Lopez, e um golo de Lucho Gonzalez e Helder Postiga. Ora, se a minha matemática está certa, de 2006 para 2014, passaram-se apenas oito anos, e não vinte.
Não consigo compreender o que levou a este esquecimento, mas tenho algumas suspeitas. Ou é simples esquecimento, ou para os senhores, Portugal termina nas portagens de Alverca, ou preferem ignorar os feitos do Futebol Clube do Porto, ou então perceberam que quem marcou o golo alemão, nesse desafio, foi Trochowski, que na época passada actuava no... Sevilha.
Independentemente do que tiver sido, é mais um erro crasso de um diário da Cofina. Depois pretendem ser bem tratados pelos diversos agentes. Se querem ser respeitados, respeitem. Não inventem e sejam imparciais.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
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quinta-feira, 6 de novembro de 2014
sábado, 26 de julho de 2014
Um vintém é um vintém
Exmos. Senhores,
Quando cheguei a casa, vindo de uma belíssima festa de homenagem ao melhor jogador que vi jogar no nosso campeonato, Deco, fui confrontado, na página online do Record, com o seguinte relato do último golo do desafio entre o Porto de 2004 e o Barcelona de 2006, apontado precisamente, pelo Mágico:
90' - Goooolooooo do FC Porto! 4-4! Deco faz o empate com Baía a fazer uma "perninha", não se fazendo à bola para que o Mágico recebesse uma última ovação.
Ora, antes de mais, quando alguém dá uma ajuda, dá uma mãozinha e não uma perninha. Convém escrever em português correcto e não meter os pés pelas mãos. Depois, importa perceber a parvoíce que aí está escrita. Tivesse Baía tentado defender a bola, ou não, o remate foi indefensável. Um golaço. Mas, mesmo que tivesse dado uma mãozinha, perninha, cabecinha ou outra qualquer parte do corpo, escrever uma coisa destas é uma vergonha. Um ultraje demonstrativo das faltas de classe, de nível e de vergonha que grassam no vosso jornal desde que este é gerido com Manha. Num jogo a brincar, para homenagear um craque, que tanto deu ao Porto e a Portugal, escrever uma barbaridade destas mostra um espírito pequenino, onde impera a inveja. Sejamos sinceros, nunca nos tempos mais recentes houve, nos clubes da capital um jogador deste calibre. Nunca houve, sequer, um atleta digno de tamanha homenagem. E nunca, jamais, em tempo algum, Benfica e Sporting foram capazes de homenagear alguém desta forma.
E é isto que vos dói. O Futebol Clube do Porto conseguiu reunir em campo, um ex-dirigente do Sporting, vários jogadores que foram mal-amados neste clube. Jogadores que saíram a mal do clube. Jogadores adeptos dos clubes rivais. Mas todos eles, todos, voltaram a jogar com aquele belíssimo equipamento, com aquele símbolo ao peito. O que vos dói é que o Futebol Clube do Porto é mesmo um clube especial e um clube diferente. E dói tanto, que nem justos e isentos conseguem ser. E estamos a falar de um jogo de homenagem. Imagine-se se fosse a sério.
Mas, citando Manuel Machado, um vintém é um vintém e um cretino é um cretino. E, acrescento eu, o Record é inqualificável.
Quero acreditar que quem escreveu aquelas infelizes linhas estava pouco iluminado. Vítor Baía deveria ter dado, então, um rabinho, que é onde o sol não brilha.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
Quando cheguei a casa, vindo de uma belíssima festa de homenagem ao melhor jogador que vi jogar no nosso campeonato, Deco, fui confrontado, na página online do Record, com o seguinte relato do último golo do desafio entre o Porto de 2004 e o Barcelona de 2006, apontado precisamente, pelo Mágico:
90' - Goooolooooo do FC Porto! 4-4! Deco faz o empate com Baía a fazer uma "perninha", não se fazendo à bola para que o Mágico recebesse uma última ovação.
Ora, antes de mais, quando alguém dá uma ajuda, dá uma mãozinha e não uma perninha. Convém escrever em português correcto e não meter os pés pelas mãos. Depois, importa perceber a parvoíce que aí está escrita. Tivesse Baía tentado defender a bola, ou não, o remate foi indefensável. Um golaço. Mas, mesmo que tivesse dado uma mãozinha, perninha, cabecinha ou outra qualquer parte do corpo, escrever uma coisa destas é uma vergonha. Um ultraje demonstrativo das faltas de classe, de nível e de vergonha que grassam no vosso jornal desde que este é gerido com Manha. Num jogo a brincar, para homenagear um craque, que tanto deu ao Porto e a Portugal, escrever uma barbaridade destas mostra um espírito pequenino, onde impera a inveja. Sejamos sinceros, nunca nos tempos mais recentes houve, nos clubes da capital um jogador deste calibre. Nunca houve, sequer, um atleta digno de tamanha homenagem. E nunca, jamais, em tempo algum, Benfica e Sporting foram capazes de homenagear alguém desta forma.
E é isto que vos dói. O Futebol Clube do Porto conseguiu reunir em campo, um ex-dirigente do Sporting, vários jogadores que foram mal-amados neste clube. Jogadores que saíram a mal do clube. Jogadores adeptos dos clubes rivais. Mas todos eles, todos, voltaram a jogar com aquele belíssimo equipamento, com aquele símbolo ao peito. O que vos dói é que o Futebol Clube do Porto é mesmo um clube especial e um clube diferente. E dói tanto, que nem justos e isentos conseguem ser. E estamos a falar de um jogo de homenagem. Imagine-se se fosse a sério.
Mas, citando Manuel Machado, um vintém é um vintém e um cretino é um cretino. E, acrescento eu, o Record é inqualificável.
Quero acreditar que quem escreveu aquelas infelizes linhas estava pouco iluminado. Vítor Baía deveria ter dado, então, um rabinho, que é onde o sol não brilha.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
quinta-feira, 27 de março de 2014
Basta!
Exmos. Srs.,
No dia 25 de Março de 2014 foi emitida, no canal de televisão SIC, uma reportagem sobre aquele que é considerado o melhor árbitro português, não só da actualidade, mas de sempre, Pedro Proença, o único árbitro português a dirigir uma final de uma prova de selecções.
Obviamente que, sendo esta reportagem a primeira do género em Portugal, se compreende que seja notícia nos restantes órgãos de comunicação social nacionais, principalmente aqueles que versam sobre o desporto em geral e o futebol em particular, como é o caso do vosso jornal. Assim, não estranhei minimamente terem destacado o acontecimento na vossa página online. O que eu não compreendo é o destaque que os senhores optaram por dar, escrevendo como título da notícia "O meu erro terá marcado o título nacional", relatando uma confissão de Pedro Proença sobre o famoso golo de Maicon ao Benfica, em fora-de-jogo.
Não desejando eu imiscuir-me nos vossos critérios editoriais, parece-me que este destaque roça, de forma bastante intensa, a tacanhez e a pobreza de espírito. Numa reportagem onde ficamos a saber a forma altamente profissional como Pedro Proença se prepara para os jogos, o estudo aprofundado que efectua de todos os atletas que participam nos jogos por si dirigidos, o que o árbitro passou quando foi violentamente agredido e, até, a forma curiosa como Proença se dirige aos atletas, o vosso jornal optou por ir buscar uma história antiga, morta e enterrada. Este destaque desvirtua totalmente aquilo que foi a reportagem da SIC, que teria servido para mostrar o bom trabalho que, pelo menos alguns árbitros vão fazendo em Portugal, não fosse a mesquinhez que pautou esta notícia.
Uma reportagem que poderia ter servido para pacificar o futebol português e para credibilizar uma classe tantas e tantas vezes criticada, foi usada pelo órgão de comunicação social que os senhores dirigem como arma de arremesso para incendiar, ainda mais os ânimos. Enquanto os Pedros Proença deste país trabalham arduamente, lutam contra a má fama da classe e mais uma panóplia de adversidades, são vítimas de pressões que roçam a coacção e são ameaçados, o jornal Record opta por contribuir para o agravar destas adversidades.
Sim, porque não são só os dirigentes e os comentadores que provocam o clima de guerrilha permanente no futebol português. Os órgãos de comunicação social, com as notícias encomendadas, o facciosismo exacerbado e a desonestidade com que escrevem algumas notícias, influenciando as opiniões de leitores quando deveriam ser absolutamente isentos, uma vez que é isso que dizem ser, também contribuem para as permanentes confusões que marcam o nosso futebol. E portanto, com notícias como estas o Record torna-se, automaticamente, co-responsável pelas agressões, ameaças e actos de vandalismo que os árbitros têm sofrido.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
No dia 25 de Março de 2014 foi emitida, no canal de televisão SIC, uma reportagem sobre aquele que é considerado o melhor árbitro português, não só da actualidade, mas de sempre, Pedro Proença, o único árbitro português a dirigir uma final de uma prova de selecções.
Obviamente que, sendo esta reportagem a primeira do género em Portugal, se compreende que seja notícia nos restantes órgãos de comunicação social nacionais, principalmente aqueles que versam sobre o desporto em geral e o futebol em particular, como é o caso do vosso jornal. Assim, não estranhei minimamente terem destacado o acontecimento na vossa página online. O que eu não compreendo é o destaque que os senhores optaram por dar, escrevendo como título da notícia "O meu erro terá marcado o título nacional", relatando uma confissão de Pedro Proença sobre o famoso golo de Maicon ao Benfica, em fora-de-jogo.
Não desejando eu imiscuir-me nos vossos critérios editoriais, parece-me que este destaque roça, de forma bastante intensa, a tacanhez e a pobreza de espírito. Numa reportagem onde ficamos a saber a forma altamente profissional como Pedro Proença se prepara para os jogos, o estudo aprofundado que efectua de todos os atletas que participam nos jogos por si dirigidos, o que o árbitro passou quando foi violentamente agredido e, até, a forma curiosa como Proença se dirige aos atletas, o vosso jornal optou por ir buscar uma história antiga, morta e enterrada. Este destaque desvirtua totalmente aquilo que foi a reportagem da SIC, que teria servido para mostrar o bom trabalho que, pelo menos alguns árbitros vão fazendo em Portugal, não fosse a mesquinhez que pautou esta notícia.
Uma reportagem que poderia ter servido para pacificar o futebol português e para credibilizar uma classe tantas e tantas vezes criticada, foi usada pelo órgão de comunicação social que os senhores dirigem como arma de arremesso para incendiar, ainda mais os ânimos. Enquanto os Pedros Proença deste país trabalham arduamente, lutam contra a má fama da classe e mais uma panóplia de adversidades, são vítimas de pressões que roçam a coacção e são ameaçados, o jornal Record opta por contribuir para o agravar destas adversidades.
Sim, porque não são só os dirigentes e os comentadores que provocam o clima de guerrilha permanente no futebol português. Os órgãos de comunicação social, com as notícias encomendadas, o facciosismo exacerbado e a desonestidade com que escrevem algumas notícias, influenciando as opiniões de leitores quando deveriam ser absolutamente isentos, uma vez que é isso que dizem ser, também contribuem para as permanentes confusões que marcam o nosso futebol. E portanto, com notícias como estas o Record torna-se, automaticamente, co-responsável pelas agressões, ameaças e actos de vandalismo que os árbitros têm sofrido.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
domingo, 11 de agosto de 2013
Record do Mundo do Descaramento
Exmos senhores,
quando João Querido Manha foi nomeado como director do Record, assustei-me. Assustei-me porque, por um lado, o Record perdeu um director com umas capacidades intelectuais acima da média, que lhe permitiram, e cito, "vibrar intensamente" com uma vitória do Benfica, quando tinha 4 anos, e porque, por outro lado, o novo director, nunca conseguiu manter a isenção quando de futebol se tratava. De facto, João Querido Manha nunca disfarçou o seu benfiquismo. Este era latente nos comentários que fazia na TVI e nas abjectas crónicas a chorar por causa dos árbitros, no próprio Record. Ainda assim, resolvi dar o benefício da dúvida.
No entanto, hoje, dia 11 de Agosto de 2013, não posso deixar passar em claro a aziada capa do vosso jornal. Todos sabemos o quanto vos custa escrever sobre os sucessos do Futebol Clube do Porto. Todos sabemos, ainda melhor, o quanto dói ao vosso director ter que dizer bem do Futebol Clube do Porto. O que não se admite é que a conquista de uma prova oficial, organizada pela FPF e reconhecida, ao contrário de outras, pela FIFA, seja remetida a um miserável cantinho da capa, dando mais destaque a um reforço de um clube do meio da tabela do futebol nacional, que nem às competições europeias vai. Mas, mais escandaloso ainda, é até o jogo de apresentação do Futebol Clube do Porto ter tido mais destaque do que a Supertaça, uma vez que, nessa altura, o Record conseguiu descortinar uma pretensa agressão do atleta Kelvin. Provavelmente tiveram 92 bons motivos para tal. O descaramento bateu um novo Record mundial. O vosso jornal tem, agora, muita Manha
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
quando João Querido Manha foi nomeado como director do Record, assustei-me. Assustei-me porque, por um lado, o Record perdeu um director com umas capacidades intelectuais acima da média, que lhe permitiram, e cito, "vibrar intensamente" com uma vitória do Benfica, quando tinha 4 anos, e porque, por outro lado, o novo director, nunca conseguiu manter a isenção quando de futebol se tratava. De facto, João Querido Manha nunca disfarçou o seu benfiquismo. Este era latente nos comentários que fazia na TVI e nas abjectas crónicas a chorar por causa dos árbitros, no próprio Record. Ainda assim, resolvi dar o benefício da dúvida.
No entanto, hoje, dia 11 de Agosto de 2013, não posso deixar passar em claro a aziada capa do vosso jornal. Todos sabemos o quanto vos custa escrever sobre os sucessos do Futebol Clube do Porto. Todos sabemos, ainda melhor, o quanto dói ao vosso director ter que dizer bem do Futebol Clube do Porto. O que não se admite é que a conquista de uma prova oficial, organizada pela FPF e reconhecida, ao contrário de outras, pela FIFA, seja remetida a um miserável cantinho da capa, dando mais destaque a um reforço de um clube do meio da tabela do futebol nacional, que nem às competições europeias vai. Mas, mais escandaloso ainda, é até o jogo de apresentação do Futebol Clube do Porto ter tido mais destaque do que a Supertaça, uma vez que, nessa altura, o Record conseguiu descortinar uma pretensa agressão do atleta Kelvin. Provavelmente tiveram 92 bons motivos para tal. O descaramento bateu um novo Record mundial. O vosso jornal tem, agora, muita Manha
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
sexta-feira, 15 de março de 2013
Notícias de desCOFINAr
Exmos Srs.,
hoje, duas das vossas publicações, o Record e o Correio da Manhã, apresentam notícias sobre alterações no comando técnico de alguns clubes da Liga Zon Sagres. Nada de anormal. Estranha é, a incoerência das duas publicações. Se o Correio da Manhã afiança que Pinto da Costa já fez uma proposta a Jorge Jesus, mas que a Betty Grafstein do futebol nacional deve permanecer no Benfica, e que, como tal, o Futebol Clube do Porto deve falhar o seu objectivo, o Record admite a preferência de Luís Filipe Vieira por Rui Vitória, que, por uma conjugação altamente improvável dos astros, que nem a vossa nova colaboradora Maya seria capaz de prever, é o treinador do adversário do Benfica nesta jornada do campeonato.
Para além dos dois jornais, sob a mesma alçada, publicarem conteúdos tão díspares, o momento em que os publicam indicia que há interesses escondidos por detrás destas notícias. Não bastasse a gritante bajulação efectuada pelo Record ao Benfica, com realce para a semana que agora finda, em que Jesus foi equiparado a um professor universitário catedrático, com meia-dúzia de doutoramentos, e o Benfica é apontado como candidato a vencer a Liga Europa, apenas por ter eliminado o poderosíssimo 9º classificado do campeonato francês, os dois títulos da Cofina lançam, no mesmo dia, notícias que podem, claramente, desestabilizar quer o adversário do Benfica nesta jornada, o Vitória de Guimarães, quer o único rival na luta pelo campeonato nacional, o Futebol Clube do Porto.
Neste momento, perdeu-se totalmente a vergonha. Neste momento, tudo vale para ajudar o Benfica a alcançar os seus objectivos. O código deontológico do jornalismo não passa de um pelo encravado na causa maior que é levar o Benfica ao título de campeão.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
hoje, duas das vossas publicações, o Record e o Correio da Manhã, apresentam notícias sobre alterações no comando técnico de alguns clubes da Liga Zon Sagres. Nada de anormal. Estranha é, a incoerência das duas publicações. Se o Correio da Manhã afiança que Pinto da Costa já fez uma proposta a Jorge Jesus, mas que a Betty Grafstein do futebol nacional deve permanecer no Benfica, e que, como tal, o Futebol Clube do Porto deve falhar o seu objectivo, o Record admite a preferência de Luís Filipe Vieira por Rui Vitória, que, por uma conjugação altamente improvável dos astros, que nem a vossa nova colaboradora Maya seria capaz de prever, é o treinador do adversário do Benfica nesta jornada do campeonato.
Para além dos dois jornais, sob a mesma alçada, publicarem conteúdos tão díspares, o momento em que os publicam indicia que há interesses escondidos por detrás destas notícias. Não bastasse a gritante bajulação efectuada pelo Record ao Benfica, com realce para a semana que agora finda, em que Jesus foi equiparado a um professor universitário catedrático, com meia-dúzia de doutoramentos, e o Benfica é apontado como candidato a vencer a Liga Europa, apenas por ter eliminado o poderosíssimo 9º classificado do campeonato francês, os dois títulos da Cofina lançam, no mesmo dia, notícias que podem, claramente, desestabilizar quer o adversário do Benfica nesta jornada, o Vitória de Guimarães, quer o único rival na luta pelo campeonato nacional, o Futebol Clube do Porto.
Neste momento, perdeu-se totalmente a vergonha. Neste momento, tudo vale para ajudar o Benfica a alcançar os seus objectivos. O código deontológico do jornalismo não passa de um pelo encravado na causa maior que é levar o Benfica ao título de campeão.
Com os melhores cumprimentos,
João Ferreira
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
A inveja, segundo o Record
Boa noite,
ao ler a vossa edição online de hoje, dia 20-02-2013, espantou-me uma notícia sobre a presença de Madjer no Estádio do Dragão, ontem à noite, a assistir ao Porto-Málaga. Diz a notícia, e cito: "Por exemplo, é capaz de ajudar bem mais ter nas bancadas, acompanhado pelos seus filhos, o tal calcanhar mágico que em 1987, em Viena, ajudou a abrir caminho para a primeira grande conquista europeia de um clube que durante muitos anos invejou o cantinho de Morais e os dois triunfos do Benfica na Taça dos Campeões Europeus."
O que me surpreendeu nesta notícia é a parte onde se refere que o Futebol Clube do Porto invejou as conquistas europeias dos rivais de Lisboa, Benfica e Sporting. Surpreende-me a facilidade com que se chama invejoso a um clube vencedor como o Futebol Clube do Porto. Espanta-me como se mistura inveja com ambição, ambição essa que transformou o Porto no clube de futebol mais titulado da história do futebol português e no clube mais vencedor da Europa, no século XXI. Chamar inveja a isto é de uma mesquinhez tremenda. Confundir inveja com ambição, vontade de vencer e luta incessante pelo sucesso, revela uma pobreza de espírito gritante e uma tremenda frustração. E isto sim, é inveja.
Porque invejoso não é aquele que tenta ser melhor do que os outros. Invejoso é aquele que tudo faz para menosprezar o sucesso dos demais.
Invejoso é aquele que sente necessidade de ir buscar conquistas bafientas, do tempo da televisão a preto e branco, para combater os problemas digestivos que uma singela vitória europeia do Futebol Clube do Porto provoca.
Invejoso é aquele que é incapaz de destacar uma vitória europeia do Futebol Clube do Porto, preferindo realçar um, à data, candidato a candidato à presidência de um clube do meio da tabela.
Invejoso é aquele que inventa títulos para que o Futebol Clube do Porto não se torne no mais titulado clube nacional, mesmo passando por cima de uma decisão da FIFA.
Invejoso é aquele que remete para um canto obscuro uma taça Intercontinental, destacando uma insignificante lesão de um jogador do Benfica.
E a inveja é uma coisa feia. Bem como a mentira.
Cumprimentos,
ao ler a vossa edição online de hoje, dia 20-02-2013, espantou-me uma notícia sobre a presença de Madjer no Estádio do Dragão, ontem à noite, a assistir ao Porto-Málaga. Diz a notícia, e cito: "Por exemplo, é capaz de ajudar bem mais ter nas bancadas, acompanhado pelos seus filhos, o tal calcanhar mágico que em 1987, em Viena, ajudou a abrir caminho para a primeira grande conquista europeia de um clube que durante muitos anos invejou o cantinho de Morais e os dois triunfos do Benfica na Taça dos Campeões Europeus."
O que me surpreendeu nesta notícia é a parte onde se refere que o Futebol Clube do Porto invejou as conquistas europeias dos rivais de Lisboa, Benfica e Sporting. Surpreende-me a facilidade com que se chama invejoso a um clube vencedor como o Futebol Clube do Porto. Espanta-me como se mistura inveja com ambição, ambição essa que transformou o Porto no clube de futebol mais titulado da história do futebol português e no clube mais vencedor da Europa, no século XXI. Chamar inveja a isto é de uma mesquinhez tremenda. Confundir inveja com ambição, vontade de vencer e luta incessante pelo sucesso, revela uma pobreza de espírito gritante e uma tremenda frustração. E isto sim, é inveja.
Porque invejoso não é aquele que tenta ser melhor do que os outros. Invejoso é aquele que tudo faz para menosprezar o sucesso dos demais.
Invejoso é aquele que sente necessidade de ir buscar conquistas bafientas, do tempo da televisão a preto e branco, para combater os problemas digestivos que uma singela vitória europeia do Futebol Clube do Porto provoca.
Invejoso é aquele que é incapaz de destacar uma vitória europeia do Futebol Clube do Porto, preferindo realçar um, à data, candidato a candidato à presidência de um clube do meio da tabela.
Invejoso é aquele que inventa títulos para que o Futebol Clube do Porto não se torne no mais titulado clube nacional, mesmo passando por cima de uma decisão da FIFA.
Invejoso é aquele que remete para um canto obscuro uma taça Intercontinental, destacando uma insignificante lesão de um jogador do Benfica.
E a inveja é uma coisa feia. Bem como a mentira.
Cumprimentos,
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Exmos. Senhores,
fui confrontado com uma infografia publicada pelo vosso jornal na edição de hoje, dia 10 de Setembro de 2012, na qual são confrontados os valores das transacções de passes de jogadores efectuadas por Futebol Clube do Porto e Sport Lisboa e Benfica no último período de transferências.
Quem analisar os dados por vós publicados, poderá, certamente, ser apanhado desprevenido, ficando a pensar que o presidente do Benfica é quase tão bom a negociar jogadores como a vender pneus e a negociar contratos de construção em Espanha. Analisando a vossa infografia, constata-se que o Benfica apresenta um saldo positivo entre vendas e compras de passes de 26,5 milhões de euros e o Porto de apenas 11,7 milhões.
Nada mais falso. O Record, ao apresentar os dados da forma como o fez está a enganar o mais desprevenido dos leitores. Eu compreendo que o Record tem que vender jornais. E para vender jornais, o Record tem que agradar à maioria. E a maioria é constituída por adeptos do Benfica. Pouco me importa se o Record prefere dar mais destaque a uma lesão de um guarda-redes do Benfica do que a um título internacional do Porto, ou a mais um pseudo-mega-reforço, que é o futuro melhor jogador do Mundo até se perceber que não vai para o Benfica e então já não presta, do que a uma qualificação de uma equipa portuguesa para a fase de grupos da Champions League. Qualquer pessoa por menos neurónios que tenha a funcionar percebe que o Record considera a Taça Latina um título oficial, quando a FIFA o desmente, para agradar ao seu público-alvo.
O que não se entende é que o Record use critérios diferentes para valorizar as vendas de Porto e Benfica, no sentido de chegar ao resultado pretendido, demonstrar que o Benfica negociou melhor do que o Futebol Clube do Porto.
Vamos a factos:
- Hulk foi vendido por 60 milhões de euros, detendo o Porto 85% do seu passe. O Porto comunicou que teve uma receita líquida pelos seus 85% do passe, descontando comissões, direitos de formação e prémios ao atleta, de 40 milhões de euros. Já o Benfica comunicou que alienou o passe de Javi Garcia por 20 milhões de euros. O Benfica possuía apenas 80% do passe do jogador espanhol, recebendo apenas 16 milhões de euros, isto sem contar com outros custos que possa ter incorrido aquando da transacção. Ou seja, o Record considera que o Porto recebeu 40M por Hulk, que é um valor líquido, e referente apenas à percentagem do passe detida pelo clube, mas no que respeita a Javi Garcia, considera o valor total, mesmo sabendo que o Benfica tinha apenas 80% do passe atleta;
- Pegando ainda no exemplo anterior, se o Record considerou que o Benfica recebeu 20 milhões por Javi Garcia, mesmo detendo só 80% do seu passe, porque motivo os negócios Álvaro Pereira e Belluschi foram valorizados de acordo com a percentagem que o Porto detinha dos seus passes (75 e 50%)? É que, que eu saiba, o uruguaio foi vendido por 10 milhões e o argentino por 2,5. E nem vou pegar nos negócio Yartey e Felipe Bastos, ou nos custos inerentes à venda de Witsel, que o Record, mais uma vez, ignora.
Qual é a lógica? Será a lógica do "assim dá mais jeito" ou a lógica do " que se lixe a verdade, o que importa é vender jornais e mostrar que o Benfica é o maior e o seu presidente o maior combatente do nosso défice da balança comercial"? Será que as vendas justificam tamanha demonstração de mau jornalismo? Tenho muitas dúvidas.
Sem mais assunto, agradeço a atenção dispendida na leitura deste e-mail.
Com os melhores cumprimentos,
sábado, 13 de agosto de 2011
Boa tarde,
É com profunda surpresa que vos agradeço a resposta à minha mensagem. Confesso que já tinha desistido de receber respostas aos meus e-mails, quer do Record, quer de qualquer outro órgão de Comunicação Social, quer até do meu clube. É bom saber que as mensagens dos leitores são, de facto lidas.
No entanto, a resposta, (citada em baixo), que recebi não me satisfez.
Agradeço ao leitor o seu texto e o livre e correto exercício (salvo o último parágrafo, talvez...) do seu direito à discordância. E só não lhe dou uma resposta com a mesma dimensão porque a minha posição e a do Record são conhecidas e não mudam ao sabor de concordâncias e discordâncias: contamos a Taça Latina como título.
A FIFA tem outra "decisão oficial"? Ótimo, quando fizermos o ranking de títulos segundo a FIFA não deixaremos de respeitar essa decisão.
Mas quando elaborarmos o nosso ranking, fá-lo-emos segundo os nossos critérios. E sabe o leitor porquê? Porque não temos tutelas e não respondemos perante a FIFA, nem qualquer outra entidade. Respondemos apenas perante a lei e os leitores, e são eles, no apoio do trabalho que fazemos – e não do que alguns acham que devíamos fazer – que nos dão a liderança da imprensa desportiva em Portugal.
Quem não concordar connosco, sabe o que fazer: segue a concorrência, nomeadamente aquela que dá, aos adeptos ferrenhos de cada um dos dois clubes em causa, exatamente – e só – o que eles pretendem ler. Nessa política não entrará o Record.
Em primeiro lugar, a FIFA não tem outra decisão oficial. Tem a decisão oficial, e a única que é válida. Não há duas, nem três decisões oficiais, independentemente de quem as emanou: há uma, e é a da FIFA.
Depois, eu lamento, mas continuo a não entender como é que pode haver disparidade entre os rankings do Record e os das entidades máximas do futebol. A partir do momento em que o Record dá uma informação na capa que a FIFA demonstrou ser falsa, entra-se no domínio do absurdo. Entra-se num enorme mundo de possibilidades que vão desde a considerar que os títulos de campeão nacional só são oficiais a partir de 1990, até apresentar uma classificação do campeonato em que a vitória dá 4 pontos. E apresentar um campeão na capa que não corresponde ao vencedor oficial.
Logicamente, o Record pode fazer o que quiser neste aspecto. É um jornal privado. Mas eu não faria o que o Record fez, pois como vocês bem dizem, respondem perante os leitores.
Cumprimentos.
É com profunda surpresa que vos agradeço a resposta à minha mensagem. Confesso que já tinha desistido de receber respostas aos meus e-mails, quer do Record, quer de qualquer outro órgão de Comunicação Social, quer até do meu clube. É bom saber que as mensagens dos leitores são, de facto lidas.
No entanto, a resposta, (citada em baixo), que recebi não me satisfez.
Agradeço ao leitor o seu texto e o livre e correto exercício (salvo o último parágrafo, talvez...) do seu direito à discordância. E só não lhe dou uma resposta com a mesma dimensão porque a minha posição e a do Record são conhecidas e não mudam ao sabor de concordâncias e discordâncias: contamos a Taça Latina como título.
A FIFA tem outra "decisão oficial"? Ótimo, quando fizermos o ranking de títulos segundo a FIFA não deixaremos de respeitar essa decisão.
Mas quando elaborarmos o nosso ranking, fá-lo-emos segundo os nossos critérios. E sabe o leitor porquê? Porque não temos tutelas e não respondemos perante a FIFA, nem qualquer outra entidade. Respondemos apenas perante a lei e os leitores, e são eles, no apoio do trabalho que fazemos – e não do que alguns acham que devíamos fazer – que nos dão a liderança da imprensa desportiva em Portugal.
Quem não concordar connosco, sabe o que fazer: segue a concorrência, nomeadamente aquela que dá, aos adeptos ferrenhos de cada um dos dois clubes em causa, exatamente – e só – o que eles pretendem ler. Nessa política não entrará o Record.
Em primeiro lugar, a FIFA não tem outra decisão oficial. Tem a decisão oficial, e a única que é válida. Não há duas, nem três decisões oficiais, independentemente de quem as emanou: há uma, e é a da FIFA.
Depois, eu lamento, mas continuo a não entender como é que pode haver disparidade entre os rankings do Record e os das entidades máximas do futebol. A partir do momento em que o Record dá uma informação na capa que a FIFA demonstrou ser falsa, entra-se no domínio do absurdo. Entra-se num enorme mundo de possibilidades que vão desde a considerar que os títulos de campeão nacional só são oficiais a partir de 1990, até apresentar uma classificação do campeonato em que a vitória dá 4 pontos. E apresentar um campeão na capa que não corresponde ao vencedor oficial.
Logicamente, o Record pode fazer o que quiser neste aspecto. É um jornal privado. Mas eu não faria o que o Record fez, pois como vocês bem dizem, respondem perante os leitores.
Cumprimentos.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Resposta do Record ao e-mail de 08/08/2011
Nota da QdoChttp://comunidade.xl.pt/Record/blogs/quintadocareca/archive/2011/08/11/ainda-a-pol-233-mica-dos-t-237-tulos-de-benfica-e-fc-porto.aspx
Agradeço ao leitor o seu texto e o livre e correto exercício (salvo o último parágrafo, talvez...) do seu direito à discordância. E só não lhe dou uma resposta com a mesma dimensão porque a minha posição e a do Record são conhecidas e não mudam ao sabor de concordâncias e discordâncias: contamos a Taça Latina como título.
A FIFA tem outra "decisão oficial"? Ótimo, quando fizermos o ranking de títulos segundo a FIFA não deixaremos de respeitar essa decisão.
Mas quando elaborarmos o nosso ranking, fá-lo-emos segundo os nossos critérios. E sabe o leitor porquê? Porque não temos tutelas e não respondemos perante a FIFA, nem qualquer outra entidade. Respondemos apenas perante a lei e os leitores, e são eles, no apoio do trabalho que fazemos – e não do que alguns acham que devíamos fazer – que nos dão a liderança da imprensa desportiva em Portugal.
Quem não concordar connosco, sabe o que fazer: segue a concorrência, nomeadamente aquela que dá, aos adeptos ferrenhos de cada um dos dois clubes em causa, exatamente – e só – o que eles pretendem ler. Nessa política não entrará o Record.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Exmos. Senhores,
Já há uns meses vos contactei, a propósito do mesmo assunto desta mensagem. Constatei que, na vossa capa de hoje, dia 8 de Agosto de 2011, aparece escrito que, com a vitória na Supertaça, o Futebol Clube do Porto ultrapassou finalmente o Sport Lisboa e Benfica em número de títulos oficiais: 70 contra 69. No entanto, para podermos considerar que o Benfica tem 69 títulos, teremos de considerar a Taça Latina como título oficial, o que é, para ser simpático, no mínimo duvidoso.
A FIFA, contactada pela agência Lusa, afirmou que a Taça Latina, competição por convite, não é um título oficial. O Record discorda e, até aí, tudo bem. Cada um é livre de ter a sua opinião. Eu acho que uma competição por convite, onde clubes convidados se recusaram a participar, para ir ganhar dinheiro em competições amigáveis ou porque não tinham jogadores, ao serviço das suas selecções no Mundial de futebol é tudo menos uma competição oficial, mas todos temos direito à nossa opinião. Agora o que me faz uma tremenda confusão é que o Record ignore a opinião da autoridade máxima do futebol mundial. Por muito respeito que eu tenha pelo Record e, por mais que ache que o jornal desempenha um papel de relevo no desporto nacional, não vejo que o Record tenha qualquer autoridade para fazer tábua rasa às decisões da FIFA. Se o Record decidisse que os torneios do Guadiana e de Guimarães, o troféu Teresa Herrera, a taça da Amizade, a Eusébio Cup e a Liga de Matraquilhos do café da esquina de Unhais da Serra fossem competições oficiais teriam os leitores de o aceitar livremente?
Eu compreendo que seja difícil aceitar que o Futebol Clube do Porto seja o clube português com mais títulos. Todos temos as nossas cores clubísticas. Também acredito, enquanto assisto divertido, que doa bastante assumir a queda de alguns mitos de supremacia, superioridade e grandiosidade. Mas nada disto justifica a forma leviana como o Record abordou o assunto, ignorando a decisão oficial da FIFA, enganando os leitores com capas como a de hoje.
Toda esta história da Taça Latina já irrita. A tentativa de adiar o inadiável e de mascarar a supremacia do Porto de forma tão absurda já cheira mal. Cheira tão mal que proponho que se mude o nome ao prestigiado troféu, passando a chamar-se Taça Latrina.
Com os melhores cumprimentos
Já há uns meses vos contactei, a propósito do mesmo assunto desta mensagem. Constatei que, na vossa capa de hoje, dia 8 de Agosto de 2011, aparece escrito que, com a vitória na Supertaça, o Futebol Clube do Porto ultrapassou finalmente o Sport Lisboa e Benfica em número de títulos oficiais: 70 contra 69. No entanto, para podermos considerar que o Benfica tem 69 títulos, teremos de considerar a Taça Latina como título oficial, o que é, para ser simpático, no mínimo duvidoso.
A FIFA, contactada pela agência Lusa, afirmou que a Taça Latina, competição por convite, não é um título oficial. O Record discorda e, até aí, tudo bem. Cada um é livre de ter a sua opinião. Eu acho que uma competição por convite, onde clubes convidados se recusaram a participar, para ir ganhar dinheiro em competições amigáveis ou porque não tinham jogadores, ao serviço das suas selecções no Mundial de futebol é tudo menos uma competição oficial, mas todos temos direito à nossa opinião. Agora o que me faz uma tremenda confusão é que o Record ignore a opinião da autoridade máxima do futebol mundial. Por muito respeito que eu tenha pelo Record e, por mais que ache que o jornal desempenha um papel de relevo no desporto nacional, não vejo que o Record tenha qualquer autoridade para fazer tábua rasa às decisões da FIFA. Se o Record decidisse que os torneios do Guadiana e de Guimarães, o troféu Teresa Herrera, a taça da Amizade, a Eusébio Cup e a Liga de Matraquilhos do café da esquina de Unhais da Serra fossem competições oficiais teriam os leitores de o aceitar livremente?
Eu compreendo que seja difícil aceitar que o Futebol Clube do Porto seja o clube português com mais títulos. Todos temos as nossas cores clubísticas. Também acredito, enquanto assisto divertido, que doa bastante assumir a queda de alguns mitos de supremacia, superioridade e grandiosidade. Mas nada disto justifica a forma leviana como o Record abordou o assunto, ignorando a decisão oficial da FIFA, enganando os leitores com capas como a de hoje.
Toda esta história da Taça Latina já irrita. A tentativa de adiar o inadiável e de mascarar a supremacia do Porto de forma tão absurda já cheira mal. Cheira tão mal que proponho que se mude o nome ao prestigiado troféu, passando a chamar-se Taça Latrina.
Com os melhores cumprimentos
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Exmos srs,
Deparei-me hoje com uma resposta do vosso prezado director, sr. Alexandre Pais no seu blog A Quinta do Careca, respondendo a um leitor que escreveu perguntando o porquê do jornal Record não seguir as instruções da FIFA e continuar a considerar a Taça Latina como troféu oficial, como se comprova no seguinte link:
http://comunidade.xl.pt/Record/blogs/quintadocareca/archive/2011/05/25/a-ta-231-a-latina-n-227-o-conta-pr-224-fifa-pois-conta-para-o-record.aspx
Ora, os argumentos dados para esta discrepância entre a autoridade máxima do futebol mundial e o vosso jornal, são a emoção sentida pelo vosso director aquando dessa longínqua conquista do Sport Lisboa e Benfica e o impacto que isso teve nos portugueses.
Sendo certo que os senhores estão no vosso direito de exprimir a vossa opinião, permitam-me considerar esses critérios um pouco desfasados da realidade. Já pensaram que se o vosso director não fosse nascido na década de 50, nunca poderia ter sentido uma grande emoção pela conquista benfiquista?
Por outro lado, como pode o impacto de determinado título definir se este é oficial ou não? Os senhores já pensaram que o jornal Record tem o poder, como jornal desportivo mais vendido em Portugal, de influenciar esse impacto? Os senhores determinam critérios, os quais podem influenciar? Qual o sentido disto? A título exemplificativo, quando o Futebol Clube do Porto venceu a sua 2ª Taça Intercontinental, o vosso jornal remeteu esse notável feito do clube português com mais títulos a um canto da capa, dando destaque a uma lesão do guarda-redes José Moreira. Será que esse título do Porto deve deixar de ser considerado, ou dever-se-á adicionar ao espólio vermelho o Troféu Internacional Lesão do Moreira?
Por outro lado, existirá altura do ano com mais impacto do que o defeso? A altura onde se prometem as melhores equipas dos últimos 10 anos, onde se afirma que "este ano é que é", onde depois de uma vitória no valiosíssimo torneio do Guadiana, (não se esqueçam de adicionar, olhem que o estádio está sempre cheio), se garante que ninguém ganha ao Benfica, a altura onde se fazem candidaturas à Champions League e onde pululam mega-craques em entusiasmadas manchetes matutinas e que, invariavelmente, acabam num qualquer outro clube e que chegam a incluir jogadores de Futsal. Que tal instituir a "Liga das melhores equipas dos últimos 10 anos"? Ou a "Copa dos pseudo-reforços"? Ou ainda, mais genericamente, que me dizem criar o troféu "Campeões da pré-época"? Por certo, o Sport Lisboa e Benfica, com estes títulos todos, rapidamente chegará aos 150 títulos, adiando esta discussão por mais 30 anos? Fica a sugestão.
Com os melhores cumprimentos,
Deparei-me hoje com uma resposta do vosso prezado director, sr. Alexandre Pais no seu blog A Quinta do Careca, respondendo a um leitor que escreveu perguntando o porquê do jornal Record não seguir as instruções da FIFA e continuar a considerar a Taça Latina como troféu oficial, como se comprova no seguinte link:
http://comunidade.xl.pt/Record/blogs/quintadocareca/archive/2011/05/25/a-ta-231-a-latina-n-227-o-conta-pr-224-fifa-pois-conta-para-o-record.aspx
Ora, os argumentos dados para esta discrepância entre a autoridade máxima do futebol mundial e o vosso jornal, são a emoção sentida pelo vosso director aquando dessa longínqua conquista do Sport Lisboa e Benfica e o impacto que isso teve nos portugueses.
Sendo certo que os senhores estão no vosso direito de exprimir a vossa opinião, permitam-me considerar esses critérios um pouco desfasados da realidade. Já pensaram que se o vosso director não fosse nascido na década de 50, nunca poderia ter sentido uma grande emoção pela conquista benfiquista?
Por outro lado, como pode o impacto de determinado título definir se este é oficial ou não? Os senhores já pensaram que o jornal Record tem o poder, como jornal desportivo mais vendido em Portugal, de influenciar esse impacto? Os senhores determinam critérios, os quais podem influenciar? Qual o sentido disto? A título exemplificativo, quando o Futebol Clube do Porto venceu a sua 2ª Taça Intercontinental, o vosso jornal remeteu esse notável feito do clube português com mais títulos a um canto da capa, dando destaque a uma lesão do guarda-redes José Moreira. Será que esse título do Porto deve deixar de ser considerado, ou dever-se-á adicionar ao espólio vermelho o Troféu Internacional Lesão do Moreira?
Por outro lado, existirá altura do ano com mais impacto do que o defeso? A altura onde se prometem as melhores equipas dos últimos 10 anos, onde se afirma que "este ano é que é", onde depois de uma vitória no valiosíssimo torneio do Guadiana, (não se esqueçam de adicionar, olhem que o estádio está sempre cheio), se garante que ninguém ganha ao Benfica, a altura onde se fazem candidaturas à Champions League e onde pululam mega-craques em entusiasmadas manchetes matutinas e que, invariavelmente, acabam num qualquer outro clube e que chegam a incluir jogadores de Futsal. Que tal instituir a "Liga das melhores equipas dos últimos 10 anos"? Ou a "Copa dos pseudo-reforços"? Ou ainda, mais genericamente, que me dizem criar o troféu "Campeões da pré-época"? Por certo, o Sport Lisboa e Benfica, com estes títulos todos, rapidamente chegará aos 150 títulos, adiando esta discussão por mais 30 anos? Fica a sugestão.
Com os melhores cumprimentos,
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