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terça-feira, 12 de novembro de 2013

O limite da decência


Exmo. sr. Vítor Serpa,

no seu editorial de hoje, 12 de novembro de 2013, o senhor lança um feroz ataque a todos aqueles que gastam parte do seu tempo, por passatempo, a escrever sobre futebol nesse imenso mundo que é a internet, seja nas redes sociais, em blogs ou nas mais diversas páginas. Apelida de lixo tudo aquilo que é escrito, acusa os autores de brejeirice e até ordinarice e, tenta, a todo o custo descredibilizar tudo o que de bom é feito, por adeptos dos mais variados clubes, que gastam horas do seu limitado tempo a discutir e a debater os seus clubes, por gozo e por paixão.

É evidente que o senhor tem alguma razão. De facto, há determinados locais online onde, é notório, que grassa a falta de nível, o insulto gratuíto e a parvoíce. O que me espanta é o sr. Vítor Serpa surgir, de peito aberto, a criticar essa situação quando, a página online do jornal que dirige ser, um dos favoritos ao campeonato da ordinarice, nomeadamente nos espaços de comentários às notícias. Curiosamente, não vejo qualquer acção sua, ou da publicação que dirige, em tentar resolver esse assunto. Nesses comentários, os insultos e os comentários indecorosos sucedem-se a maior velocidade que os cartões vermelhos mostrados ao Marcos Rojo. Mais, com que moral pode o sr., que é director de ABola, vir criticar as faltas de conteúdo e de nível de outrém, quando, no seu jornal, permitiu semanas a fio de uma discussão inócua e infantil entre Miguel Sousa Tavares e dois Gatos Fedorentos e insultos, esses sim, de altíssimo nível na escala da ordinarice, escritos por Leonor Pinhão sobre as progenitoras dos nortenhos? E qual é o conteúdo das contantes manchetes plenas de falsidades e incorrecções? Qual é o conteúdo da "notícia" que "informava" que o Futebol Clube do Porto ia ser eliminado administrativamente da Taça da Liga?

Mas não é isso que o move, pois não, sr. Vítor Serpa? A causa deste reles e víl ataque é, para além do medo que a crescente popularidade que a internet tem conquistado, o facto de, online, haver muita gente atenta aos seus malabarismos jornalísticos. Na internet, as tentativas de propaganda barata que o seu jornal insiste em fazer, com as taças latinas, os seis milhões e os campeonatos da pré-época são imediatamente denunciados. Os ataques rasteiros, as entrevistas encomendadas, a troca da supostamente sagrada e inviolável ética jornalista por favores ao Benfica e o esquecimento a que o campeão nacional é vetado têm resposta pronta na internet. E os endeusamentos a dirigentes, treinadores e atletas de determinado clube, as manchetes com falsas agressões a dirigentes e as constantes tentativas de manipulação da opinião pública são, regra geral, contrariadas pelos mesmos indivíduos a quem o senhor apelida de brejeiros, ordinários e produtores de ruído e lixo.

É isto que o motiva, sr. Vítor Serpa. O senhor tem medo de ser, definitivamente, desmascarado. Já percebeu que já há muita gente, incluindo alguns benfiquistas iluminados, que já não seguem o rebanho e conseguem pensar pela sua própria cabeça e já não engolem as patranhas que ABola lhes oferece.

Entretanto, nós, os brejeiros e ordinários, não nos cansaremos, nas nossas redes sociais, nos nossos blogs e nos nossos fóruns, de denunciar todas as barbaridades com que ABola e os demais órgãos de comunicação social insistem em nos presentear. Com uma grande vantagem, nós, os brejeiros e ordinários temos a espinha dorsal bem direita, fruto de termos a liberdade de escrevermos aquilo que pensamos, aquilo em que acreditámos, sem esperar nada em troca. E garanto-lhe, sr. Vítor Serpa, é uma sensação única. Havia de experimentar.

Com os mais brejeiros e ordinários cumprimentos,
João Ferreira

PS: Se o sr. Vítor Serpa tem tanto a dizer sobre o que se escreve na Internet, porque motivo nunca respondeu a nenhum dos e-mails que eu, gentilmente, enviei para ABola?

Nota: a imagem constante deste post foi-me gentilmente cedida pelo Miguel, autor do blog Tomo II

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Boa noite,

Ao ler a crónica da Sra. Leonor Pinhão desta semana no jornal ABola, fiquei chocado. Penso que, nos meus 23 anos de vida, nunca tinha lido, num jornal, um texto de nível tão baixo, pleno de mediocridade e de algum (muito) recalcamento mal contido. Se quisesse baixar a um nível próximo da crónica dessa senhora, uma vez que a educação que os meus pais me deram, me impede moralmente de responder à altura (o que não deixa de ser um contra-senso dada tamanha baixeza) de tão execrável texto, recomendaria à Sra. Leonor Pinhão que tomasse um Rennie, ou um Kompensan, que supostamente fazem bem à azia, mas sou superior a isso.

Assim, dirijo a minha reclamação ao jornal onde, desde há muitos anos, a Sra. Leonor Pinhão escreve semanalmente, perguntando como é possível um dos jornais com maior circulação em Portugal permitir que um texto destes saia publicado nas suas páginas. Note-se que o jornal ABola é lido por milhares de jovens em formação física e moral, o que me faz pensar se é proveitoso um texto conter 10 vezes a expressão "filho da puta". Creio que jornal ABola, dado o peso que tem na sociedade portuguesa, tem a responsabilidade de zelar pelos bons costumes dessa mesma sociedade e não permitir que assim se sujem as suas páginas, o que, só terá um efeito prático, a descredibilização do jornal.

Tenho plena consciência que vivemos num país livre, onde a liberdade de expressão existe e deve ser respeitada. Mas esta não pode servir de escudo para se poder escrever o que vem à cabeça. A liberdade de um indivíduo termina quando interfere com a liberdade dos demais. E esta interferência é latente nesta crónica. Esta crónica visa claramente o Futebol Clube do Porto, o seu presidente Pinto da Costa e todos os portistas, como é visível na referência a Pinto da Costa e nas expressões "Norte" e "9 pontos", que, diga-se, devem ser o mote para toda esta farsa escrita pela Sra. Leonor Pinhão, reputada escritora de contos de ficção e de argumentos para filmes.

É óbvio que, sendo este texto uma crónica, ela não tem de obedecer aos critérios editoriais do jornal, e muito menos ser isenta. Todos sabemos as cores defendidas pela autora dessas crónicas, cores essas que pautam os critérios editoriais do jornal, como afirma o Observatório de Deontologia do Jornalismo (não sou eu que o digo) no seu boletim de Julho, pagina 5:
http://www.jornalistas.eu/getfile.asp?tb=FICHEIROS&id=647
Não é a parcialidade da crónica que está em causa. Nada me move contra um jornal privado que demonstre preferência por A ou por B. É privado e só lê quem quer. Muito menos contra alguém que escreve artigos de opinião. Lá está, é uma opinião. Custa-me é aceitar que o jornal ABola aceite publicar uma pantomina destas, uma farsa, uma tentativa falhada de ficcionar uma realidade inexistente, ainda para mais quando esta tentativa de crónica é pautada pela má educação, o baixo nível e o desrespeito.

Em suma, creio que esta crónica não anda muito longe de ser um dos momentos mais negros das várias décadas de existência do jornal ABola. Aquilo que saiu na edição de hoje do jornal é vergonhoso e teríamos todos a ganhar se não se voltasse a repetir. Fica o reparo.

Com os melhores cumprimentos,